Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

YouTube não perdoa, mata!

Segunda, 30 de novembro de 2009


Manisfestações começam a tomar conta das ruas

Segunda, 30 de novembro de 2009
As manifestações contra a corrupção no governo do DF e na CLDF começam a ganhar as ruas e esquinas do Distrito Federal. As fotos abaixo foram tiradas ontem à tarde em manifestação nas ruas do Gama/DF.

Penettone, bolsas, grana... 
 

Vocês querem panettone? Não é bacalhau do Chacrinha.
 

Panetone no bucho e grana na meia
 

Vai um panettone aí recheado de grana?
 

Sepulcros caiados.
Por fora, limpos.
No interior, a podridão.

Eurides leva o seu

Eurides Brito, deputada distrital, líder do governo Arruda na Câmara Legislativa do DF, coloca a grana recebida de Durval Barbosa na bolsa. Veja o vídeo abaixo. Também para panetone?

Doenças parecidas, tratamentos diferentes

Segunda, 30 de novembro de 2009
Por Ivan de Carvalho
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda e seu vice, Paulo Octávio, divulgaram no início da noite de ontem uma nota em que se defendem de acusações resultantes da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
Qualificam de “torpe vilania” de um ex-colaborador – que teria apresentado uma “versão mentirosa” dos fatos – o recebimento de dinheiro que, na versão da PF e de ex-colaborador seria para caixa de campanha eleitoral e corrupção e na versão do governador e vice, para ações sociais, a exemplo da distribuição de panetones.
O vídeo apresentado, em que Arruda recebe dinheiro, é de 2005, antes de sua eleição para governador, embora haja informações de que há outros vídeos. Mas não estou escrevendo aqui na Bahia para esmiuçar a política do Distrito Federal.
Importo-me muito mais com uma visão mais ampla do drama pelo qual passa o surpreendente e controvertido governador, que se recuperara quase milagrosamente (milagrosamente não terá sido, pois Deus, sabendo o futuro, não teria feito tal milagre) do caso da violação do painel eletrônico do Senado para bisbilhotar quem votou como na cassação do então senador Luiz Estêvão.
Arruda, então do PSDB e líder do governo FHC no Senado, jurou por pais, filhos e netos que nunca vira a lista dos votos, para no discurso seguinte admitir que recebera, sim, em um envelope, a tal lista.
    Arruda saiu do PSDB, ingressou mais tarde no DEM e elegeu-se governador do Distrito Federal. Dirão alguns que os votos lavaram e levaram o lixo. Sei não. Mas agora ele, que seria candidato à reeleição, aparece sob forte suspeita, não quanto a reincidência na violação de votação secreta, mas de corrupção.
    Hoje a cúpula do DEM se reúne com Arruda, o único governador do partido no país, para ouvir suas explicações. Oficialmente, informa o Democratas que se as explicações não forem satisfatórias (se forem, tudo bem), Arruda terá a opção de sair espontaneamente, cancelando sua filiação, para não ser expulso. “O partido lhe dá crédito, mas as preocupações são grandes. Ele deve se defender, mas, se não conseguir se explicar, aí devemos partir para a solução extrema que é a expulsão", disse o senador Demóstenes Torres, democrata de Goiás. Nos bastidores, a conversa é outra: Arruda sai do DEM, por bem ou na marra.
    Creio que vale uma comparação. O PT – junto com alguns dos partidos aliados – envolveu-se profundamente com o escândalo do Mensalão, envolvendo figuras de proa da legenda. Até dólares na cueca houve. Mas manteve filiados seus “mensaleiros” e o presidente Lula ainda se deu ao luxo de apoiar para prefeito o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti, o do Mensalinho. Aí, aparece a ministra e candidata a presidente da República Dilma Rousseff, defendendo a volta dos mensaleiros petistas à política. Doenças parecidas, tratamentos diferentes.

Este artigo foi publicdo originalmente na Tribuna da Bahia desta segunda-feira.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano

domingo, 29 de novembro de 2009

Vai um panetone?

Novo modo de saudação em Brasília
- Vai um panetone aí?

Não seria declaração como a da época da violação do senado?

Domingo, 29 de novembro de 2009
Arruda e Paulo Octávio, governador e vice do DF, divulgaram há pouco nota em que negam participação no esquema de corrupção flagrada pela Operação Caixa de Pandora. Eles criticam o governo anterior e colocam as acusações na conta de um pretenso “ato de torpe vilania” de Durval Barbosa, a quem acusam de apresentar uma “versão mentirosa” dos fatos. Abaixo a nota assinado por Arruda e Paulo Octávio.
"Ainda perplexos pelo ato de torpe vilania de que fomos vítimas por parte de alguém que, até recentemente, se mostrava um colaborador, vimos externar à população do Distrito Federal nossa indignação pela trama de que estamos sendo vítimas, engendrada por adversários políticos, valendo-se de pessoa que, à busca das benesses da delação premiada, por atos que praticou nos oito anos do governo anterior, urdiu, de forma capciosa e premeditada, versão mentirosa dos fatos para tentar manchar o trabalho sério e bem sucedido que tem sido feito pela nossa administração.
Queremos dizer que estamos tranqüilos, porque sabemos de nossa inocência, e confiamos no sereno e isento trabalho da Justiça de nosso país, onde a verdade sempre acaba se afirmando.
Repelimos os açodados juízos que, muito mais que atingir o princípio constitucional da presunção de inocência, colocam em risco a soberania da verdade democrática."
Difícil será explicar as cenas mostrada pela imprensa e já exibidas profusamente na internet.

OAB nacional defende impeachment de Arruda

Domingo, 29 de novembro de 2009
O presidente da OAB nacional, Cezar Brito, declarou à Folha de São Paulo que a imagem do governador do DF recebendo propina leva à necessidade de impeachment. Além de afirmar que “A imagem do governador sentado em uma cadeira recebendo um pacote de dinheiro é devastadora”, Cézar Brito comparou o caso Arruda com o episódio de corrupção que levou Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru, a ser condenado a sete anos de prisão. Leia mais

Amanhã há de ser outro dia em Brasília

 Domingo, 29 de novembro 2009

Arruda pode acabar só

Domingo, 29 de novembro de 2009
Com a desgraça que atinge a vida política, mas não só política, do governador Arruda, chegou a hora de seus companheiros de viagem abandonarem o barco. Agora é a vez do PPS, que está querendo se livrar da maldição do político Arruda. Apesar de contar com alguns filiados ocupando cargos no governo, o partido, que já teve seu maior expoente no DF (Augusto Carvalho) muito desgastado à frente da Secretaria de Saúde, está quase de saída.

PT, PDT, PSB e movimentos sindicais querem ir à Justiça para substituir Arruda, o vice e aliados

Domingo, 29 de novembro de 2009
Da Agência Brasil
Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os partidos de oposição ao governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), devem recorrer à Justiça para exigir o afastamento dele, de seu vice-governador, Paulo Octávio (DEM), e do presidente da Câmara Legislativa, Leonardo Prudente (DEM-DF). Eles são acusados de comandar um esquema de corrupção envolvendo pagamento de propina no DF.

O presidente do PT do Distrito Federal, Chico Vigilante, disse à Agência Brasil que marcou para amanhã (30), às 15 horas, reunião com os comandos do PSB, PDT e movimentos sindicais. A ideia é elaborar uma ação a ser enviada à Justiça para que consigam garantir que o presidente do Tribunal de Justiça do DF, Niveo Gonçalves, seja nomeado governador em decorrência das últimas acusações.

“Não há condições de o Distrito Federal ser comandado pelo atual governador, seu vice ou o presidente da Câmara. Todos estão sob suspeita e a situação piora a cada momento”, afirmou Vigilante. “A situação é tão grave que somos surpreendidos o tempo todo com notícias, isso gera uma insegurança sem igual”.

A iniciativa do PT do Distrito Federal segue orientação do presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP). De acordo com Vigilante, Berzoini considerou as denúncias gravíssimas e determinou que o caso seja tratado com máxima urgência pelo partido. “O Berzoini telefona o tempo todo para saber dos desdobramentos. O PT considera o assunto o máximo de gravidade”.

Na sexta-feira (27), a Polícia Federal deflagrou a operação intitulada Caixa de Pandora e identificou um suposto e complexo esquema de corrupção envolvendo Arruda, Paulo Octávio, Prudente e parte da cúpula do governo do Distrito Federal. Pelas investigações, existiria um “mensalão” que arrecadou cerca de R$ 600 mil com empresas privadas, que seriam repassados para colaboradores.

As denúncias levaram Arruda a afastar oito de seus assessores diretos. Imagens gravadas pela Polícia Federal em DVD mostram o governador recebendo dinheiro das mãos do assessor Durval Barbosa – responsável pelas acusações e parte das informações repassadas aos policiais.

Desde de setembro deste ano, tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o processo de investigação sobre o suposto esquema de corrupção e distribuição de recursos. Porém, Vigilante afirmou que as denúncias são mais antigas e tiveram início na campanha do ex-governador e ex-senador Joaqum Roriz – hoje adversário de Arruda, mas no passado aliado.

Vale a pena ver de novo

Domingo, 29 de novembro de 2009

Haja panetone

Domingo, 29 de novembro de 2009
Imagens de dinheiro apreendido na Operação Caixa de Pandora


 

Cabaré

Domingo, 29 de novembro de 2009
Dizem que Brasília não tem esquina, mas a história seguinte passou exatamente numa esquina, melhor, num bar de uma das esquinas da cidade. Um grupo de burocratas discutia ontem (28/11) ao entrar da noite em volta da mesa de um dos bares do Plano Piloto de Brasília. O assunto, como não poderia deixar de ser era a Operação Caixa de Pandora. Conversa vai, conversa vem, explicações as mais diversas sobre as razões para a corrupção que se instalou em Brasília. A explicação melhor não veio do grupo que discutia, mas de um senhor que, solitário, sorvia calmamente sua cerveja na mesa ao lado e observava a discussão. Pronunciou lenta e profundamente, mas firme e em alta voz, a sua explicação, melhor, a sua indignação quanto à corrupção com o dinheiro público: “Ca-ba-ré! Ca-ba-ré! É isso! Virou tudo um ca-ba-ré.”
Nada mais disse, e nada mais lhe foi perguntado, retornando tranqüilamente ao seu copo de cerveja.

Suma daqui!

Domingo, 29 de novembro de 2009

Consta nos autos do inquérito que resultou na Operação Caixa de Pandora que o governador Arruda teria afirmado ao seu secretário Durval Barbosa, o que o grampeou, que se em algum dia ele – Durval – fosse o denunciar, que o avisasse primeiro. Com isso ele – Arruda – poderia fazer uma das três coisas seguintes: Sumir, dar um tiro em sua própria cabeça ou matar Durval. Que não faça as duas últimas, mas que a primeira bem que poderia cumprir. Aliás, deveria ter feito isso desde que cometeu o crime conhecido como o do “Painel do Senado”. Se o tivesse feito naquela ocasião, isto é, sumido, não estaria hoje colocando o Distrito Federal nas páginas policiais e nas manchetes de toda a imprensa nacional. Não estaria envergonhando o povo de Brasília. Suma, desapareça, governador! Já seria tarde! Mas...antes tarde do que nunca. Não venha novamente com falsas palavras e choros de arrependimentos. Isso não cola mais.

Pombo toma lugar de pardal

Domingo, 29 de novembro de 2009

Imagem: gamalivre.com.br - 28/11/2009
Seria um pardal disfarçado nas ruas de Brasília?

sábado, 28 de novembro de 2009

Pode renascer a candidatura de Reguffe para governador

Sábado, 28 de novembro de 2009
Com o escândalo de corrupção que atinge o governo Arruda, a candidatura de Reguffe ao governo do DF, que foi retirada há poucos dias, pode voltar com maior força dentro do seu partido, o PDT. O grupo que tem o controle do partido é subordinado aos interesses da candidatura à reeleição do atual governador, pois inclusive detém alguns cargos em escalões, inferiores é verdade, na estrutura de governo.
 Acontece que a podridão que está saindo da Caixa de Pandora deverá causar estragos terríveis para o projeto de reeleição de Arruda, o que pode fortalecer a posição da maioria dos militantes, que é por uma candidatura própria no primeiro turno das eleições de 2010. Será difícil justificar para a militância partidária o apoio à Arruda depois das terríveis imagens mostradas há pouco pelo jornal da TV Globo. O PDT, que continua com o discurso da ética, pode ser forçado a repensar sua estratégia de alianças no Distrito Federal. Até para que possa ajudar as suas candidaturas a senador, a deputado distrital e federal.

Vai sobrar para Papai Noel

Sábado, 28 de novembro de 2009

O DFTV (Globo) e o Jornal Nacional desta noite mostraram vídeo em que o governador Arruda recebe dinheiro do seu ex-secretário Durval Barbosa, aquele que o grampeou. Agora a desculpa é que era para pagar os panetones que Arruda distribui em época de Natal. Acreditar nessa história de panetone é acreditar em Papai Noel.
Foi exibido ainda outro vídeo em que o assessor de imprensa de Arruda, Omézio Pont, recebe pacotes de dinheiro, muito dinheiro. Seria para panetone também?

Ordem na Caixa de Pandora

Sábado, 28 de novembro de2009

Caixa de Pandora é desse jeito. Surpresas, coisas ruins, não se sabendo que tipo de coisa há lá dentro. A OAB/DF vai analisar se pede o impedimento (impeachment) de Arruda, o governador do DF que teria sido flagrado discutindo divisão de dinheiro. Stefânia Viveiros, presidente da OAB, anunciou que, diante das graves denúncias veiculadas na imprensa, a Ordem vai analisar o inquérito que resultou na Operação Pandora, para verificar se há elementos para pedir o impedimento de José Arruda. O pedido teria que ser aprovado pelo Conselho Pleno, que é o órgão máximo da entidade.
Acredita-se que numa possível análise do pedido de impedimento do governador no Conselho Pleno da OAB/DF, alguns advogados que hoje ocupam cargos de confiança no governo Arruda e que fazem parte do Conselho, não devem se manifestar na votação.

O dinheiro do contribuinte brasileiro

Sábado, 28 de novembro de 2009
1. Viaja nas cuecas;
2. Viaja nas malas;
3. Viaja nas malas dos automóveis;
4. Viaja no bagageiro de ônibus de linha;
5. Viaja de jatinho;
6. Viaja na transferência online do sistema bancário;
7. Viaja pelas empresas de turismo;
8. Viaja pelas mãos de secretários de estado;
9. Viaja nos envelopes de parlamentares;
10. Viaja pelos rodoanéis da vida;
11. Viaja, viaja, viaja;
Tudo viajando do bolso do contribuinte para o bolso de canalhas.

Mergulho II

Sábado, 28 de novembro de 2009
O Gama Livre em postagem das 17h18 de ontem comentou que provavelmente o governador Arruda não iria participar da inauguração de hoje do Parque Vivencial da Metropolitana, no Núcleo Bandeirante, preferindo mergulhar e não aparecer em público devido ao escândalo detonado pela Operação Caixa de Pandora.
Foi confirmado há poucos minutos (11h20) para as pessoas, poucas é verdade, que aguardavam o governador para a inauguração do parque, que Arruda não vai comparecer. Isso estava na cara desde ontem.

Observadores de nuvens

Sábado, 28 de novembro de 2009
Por Ivan de Carvalho
Quem estiver, neste momento, interessado em meteorologia ir buscar em outras fontes, não neste artigo. O título é uma referência aos políticos mineiros. Ponho políticos assim, no plural, pois a história já foi tantas vezes repetida que poucos sabem ainda se a observação se deve a Benedito Valadares, Gustavo Capanema, Magalhães Pinto ou até mesmo Tancredo Neves. Quem cita atribui a quem quer e ninguém contesta, donde dá para imaginar que seja uma construção de várias línguas, que não se confundiram como em Babel.

“Política é como nuvem. Você olha, ela tem uma forma. Você olha outra vez, a forma é outra”. Esta máxima dos observadores de nuvens de Minas Gerais, exportada para todo o país, adapta-se como uma luva à fase recente e à fase atual da política baiana. Não passou ainda muito tempo em que só havia amor entre o governador Jaques Wagner e o ministro Geddel Vieira Lima. O primeiro recebeu o valioso apoio do segundo (junto com o PMDB, vital para a vitória) para sua eleição ao governo da Bahia e apoiou junto ao amigo Lula a indicação de Geddel, feita pelo “PMDB da Câmara”, para ministro da Integração Nacional.

Era só amor. Geddel chegou a dizer a Wagner, numa sugestão que se tornou pública: “Quando tiver pepino, deixa comigo”, sugestão que equivalia a aconselhar o governador a navegar apenas em águas tranqüilas, onde não houvesse marolas, deixando ao ministro as brigas e a resolução das dificuldades.
    Mas Geddel e seu PMDB cresceram rapidamente no cenário político e logo o ministro passou a ser visto pelo PT e mesmo pelo governador como o próprio pepino a ser descascado. O problema era e é que a casca é grossa. Essa constatação e as preocupações, talvez excessivas, talvez exclusivistas, do partido do governador acabaram impedindo o prefeio João Henrique de disputar a reeleição em Salvador pelo PT e o colocaram no PMDB. A inconformidade do PT com mais esta expansão do PMDB e de Geddel levou os petistas a partirem, com prazo vencido, para a candidatura de Walter Pinheiro, com consequências desastrosas para o relacionamento PT-PMDB. “Traíra”, gritou o PMDB e lá em cima a nuvem passou por uma completa mutação.
    Planos e ventos mudaram e um redemoinho permanente se instalou. Ainda havia chance de restaurar a formatação, mas dependia de uma conversa profunda que gerasse compromissos, até insinuada pelo PMDB, mas não promovida (por falta de interesse ou de percepção de sinais) pelo governador. E então a nuvem inicialmente branca e que vinha sendo gradualmente carregada transformou-se em cumulus nimbus. A Operação Expresso desencadeou a tormenta tropical. Sujeita a evoluir, a seu tempo, para tornado, ciclone, furacão.

O presidente do PT, Jonas Paulo, afirmou há algum tempo que o PMDB poderia voltar à base do governo, mas só se pedir “desculpas públicas”. Esta semana, não sei se ironicamente ou para valer, o governador atenuou: o PMDB saiu porque quis, se quiser voltar precisa pedir, tomar a iniciativa.

Consultem os observadores de nuvens. Eles olharão para cima e dirão: “Que nuvens? Só vemos a tempestade”.


Este artigo foi publicado originalmente na Tribuna da Bahia deste sábado.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano
Nota do Gama Livre: A Operação Expresso foi deflagrada pela Polícia Civil da Bahia e prendeu dentre outras pessoas o ex-diretor executivo da Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia),  Antônio Lomanto Netto, sob a acusação de irregularidades na concessão de linhas à empresas de transporte intermunicipal. O PMDB baiano viu a operação como retaliação do PT.
Sábado, 28 de novembro de 2009

Isso é que é ficar bem na fita
Caixa de Pandora no DF é 
também uma caixa de esgoto.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Olha só o que já rola no YouTube

Sexta, 27 de novembro de 2009

Reeleição por um fio

Sexta, 27 de novembro de 2009
José Roberto Arruda parece que não dá sorte com coisas relacionadas à tecnologia, pelo menos a digital ou eletrônica. Pelo noticiário, pelas coisas que estão saindo da Caixa de Pandora, parece que se enrolou novamente nos fios. Primeiro, a violação do sigilo do painel do Senado. Por isso teve que renunciar ao mandato de senador, depois de jurar por seus filhos, pela sua família, que nada sabia e nada tinha visto
Depois, em 2002, partiu para a disputa de uma vaga como deputado federal e acabou na frente de todos os demais sete deputados pelo DF. Trabalhou para se eleger governador, passou a perna na candidatura de Paulo Octávio, seu atual vice, que teve que engolir a seco a candidatura. Compromisso firmado, com o aval e testemunho dos caciques do Dem, para ceder a vaga de candidato a governador nas eleições de 2010 para Paulo Octávio. Nova pernada, e será (será mesmo?) candidato novamente no próximo ano.
O problema é que apesar de Arruda ser engenheiro elétrico a sua reeleição pode morrer enforcada pelos fios elétricos dos aparelhos de escuta do seu até hoje secretário Durval Barbosa.

Se verdade, tem que ser dado um basta!

Sexta, 27 de novembro de 2009
Se comprovado o que afirma o trecho do inquérito do STJ na postagem abaixo, não haverá mais condições do governador permanecer no cargo.

Fedeu!

Sexta, 27 de novembro de 2009
Do G1
"Governo do DF exonera secretário que delatou suposto esquema de corrupção"

“Durval Barbosa colaborou com a PF em troca de delação premiada.
GDF exonerou outros 4 membros do governo investigados pela PF.”

“Na consecução dos objetivos visados por esta diligência a autoridade policial noticia haver o colaborador (Durval Barbosa Rodrigues) repassado ao DPF [Departamento de Polícia Federal], para fins de registro, a soma de R$ 400 mil, valor que a ele (Durval) retornará para seguir destino apontado por Arruda: entrega a Maciel [José Geraldo, chefe da Casa Civil do GDF], para pagamento da ‘base aliada’. Ou seja, o dinheiro será dissipado em diversos pagamentos menores a pessoas ainda não identificadas”, destaca trecho do inquérito do STJ. Leia mais

Delação de ex-secretário de estado de Arruda reforçou as investigações da Caixa de Pandora

Da Agência Brasil
27 de Novembro de 2009 - 17h27 - Última modificação em 27 de Novembro de 2009 - 17h27

PF investiga suposta distribuição de recursos ilegais à base do governo do Distrito Federal

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Operação Caixa de Pandora da Polícia Federal (PF) foi realizada nas primeiras horas de hoje (27) com a intenção de coletar provas sobre a suposta distribuição de recursos ilegais à base aliada do governo do Distrito Federal.

A autorização da operação de busca e apreensão em residências, locais de trabalho e sedes de empresas de 16 pessoas físicas e jurídicas foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) a partir de um inquérito policial que apura a possível participação de autoridades no esquema.

Em nota divulgada há pouco, o STJ diz que as investigações sobre o repasse dos recursos obtidos de forma ilícita foram “reforçadas pela delação de um ex-secretário de estado do Distrito Federal”. O ex-secretário – cujo nome não é revelado na nota – teria aceitado que equipamentos de escuta fossem colocados em suas roupas para que ele pudesse gravar negociações com outros participantes do esquema.

Como o inquérito corre em segredo de Justiça, os nomes dos envolvidos não foram divulgados, mas o STJ garante que o ex-secretário foi colocado no programa de proteção de testemunhas da Polícia Federal.

Ainda de acordo com a nota, para manter o sigilo da operação até que ela fosse deflagrada, o ministro Fernando Gonçalves, relator do processo,  tomou o cuidado de proibir que qualquer informação fosse repassada à imprensa. Além disso, Gonçalves também impediu que os policiais envolvidos nas operações de busca e apreensão se vestissem de forma a chamar a atenção ou usassem armamentos pesados.

Conforme a Agência Brasil apurou, a operação policial iniciou-se antes das 6 horas da manhã de hoje e envolveu pelo menos três deputados distritais, um secretário de governo e um conselheiro do Tribunal de Contas do Distrito Federal.

Ainda de acordo com o STJ, os documentos e equipamentos foram apreendidos para descobrir provas e indícios de eventual vínculo entre os investigados. Toda a operação foi acompanhada por procuradores do Ministério Público Federal e ocorreu simultaneamente em 24 locais diferentes, sendo 21 no Distrito Federal, um em Goiânia e dois em Belo Horizonte.

Mergulho

Sexta, 27 de novembro de 2009
Com o escândalo que hoje atingiu seu governo em cheio, bem como parte de sua base parlamentar na CLDF, o governador Arruda provavelmente não irá comparecer amanhã às 10 horas para a inauguração do Parque Vivencial da Metropolitana, no Núcleo Bandeirante. Acredita-se que ele não vai querer se expor publicamente e ficar na mira de jornalistas. Mas que seria bom ele ir, seria.

Covardia

Sexta, 27 de novembro de 2009
Quem criou a confusão
foi o governador Arruda
(Deputado distrital da base parlamentar do governador, tentando tirar o corpo fora como co-responsável pela aprovação da Lei 780/2008,  a que destruia áreas verdes da cidade do Gama e que foi anulada pelo TJDF)

Papai Noel

Sexta, 27 de novembro de 2009
O alto índice de assaltos e roubos nas quadras 400 da Asa Sul e Norte do Plano Piloto de Brasília será combatido a partir do dia 4 de dezembro com o início da Operação Natal. A partir do dia 7 de janeiro os ladrões e assaltantes voltarão à vida boa. É que a Operação Natal só vai até o dia 6 de janeiro. Como as coisas andam no Distrito Federal é capaz de até as renas de Papai Noel serem levadas pelos ladrões
Risco grande pode correr também o verde das quadras 400. Sob o argumento de melhorar a segurança é capaz de surgir na cabeça de alguma autoridade a idéia de se dar um papai Noel para militares da PM e dos Bombeiros, implantando residências (doadas) para policiais militares da PM e dos Bombeiros naquelas áreas verdes. Impossível? Não, idéia parecida, e de gerico, foi alvo de uma lei para as áreas verdes das quadras residenciais do Gama. Foi a Lei 780 de 2008. Para sorte da população do Gama, e do patrimônio público, a 780 foi anulada pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, em julgamento encerrado no último dia 24. E anulada deste a sua origem, que foi 2 de setembro de 2008.

OPERAÇÃO CAIXA DE PANDORA - PF cumpre mandados de busca e apreensão na Câmara Legislativa a mando do STJ

Sexta, 27 de novembro de 2009
Do Correio Braziliense
Publicação: 27/11/2009 09:42 Atualização: 27/11/2009 11:41

A Polícia Federal realiza, na manhã desta sexta-feira (27/11), a Operação Caixa de Pandora. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a pedido Ministério Público Federal (MPF). A ação corre em segredo de justiça.

Cinco agentes estão na Câmara Legislativa desde as 6h. Eles já entraram nos gabinetes dos deputados distritais Eurides Brito (PMDB), Rogério Ulysses (PSB), Leonardo Prudente (DEM) e da presidência.
Leia mais

Bahiaempauta divulga carta da mãe de Lula à Dona Canô, mas Caetano diz que não pede desculpa e nem pede perdão

Sexta, 27 de novembro de 2009
O melhor blog de política da Bahia, e certamente um dos melhores do Brasil, postou ontem à noite (26/11) uma carta de Dona Lindu, mãe de Lula, para Dona Canô, a já centenária mãe do Mano Caetano, o poeta, o compositor, o cantor Caetano Veloso. Há poucos dias o filho de Dona Canô desceu a ripa no filho de Dona Lindu.
O bahiaempauta.com.br tem como editor o jornalista Vitor Hugo. Veja aqui a carta e também Caetano dizendo que não pede desculpa e nem pede perdão

Sobre críticas de um leitor

Sexta, 27 de novembro de 2009
Por Ivan de Carvalho  
Recebi de um leitor da Tribuna da Bahia, cujo nome preservo, um e-mail datado do dia 23 em que, depois de elogio imerecido a esta coluna, observou que insisto “em só apenas criticar qualquer coisa que venha do governo Lula”, não lembrando-se ele de alguma coisa elogiosa a esse governo publicada neste espaço (em verdade, procurando bem, acabaria achando; já elogiei, por exemplo, o Bolsa Família, como uma medida emergencial e provisória, portanto desde que tenha o sentido do peixe que se dá enquanto se ensina a pessoa a pescar).
    Surpreendeu-me, porém, entre as várias observações do leitor, aquela em que alega – ressalvado o direito óbvio de cada indivíduo a ter opinião própria – que as frequentes críticas a “coisas que venham do governo Lula” ocorrem apesar do presidente da República ter um índice de aprovação cada vez melhor, atingindo os 80 por cento na última pesquisa CNT/Sensus. Então, estranha ele que esses 80 por cento possam estar errados e certos somente eu “e mais alguns jornalistas que não aceitam que um nordestino, que foi para São Paulo num pau-de-arara, que é analfabeto, como diz Caetano, seja presidente do Brasil”. E indaga “até quando vocês vão continuar com esse sentimento preconceituoso e discriminatório”.
    Respondi que procuro ser imparcial, isento, quando relato um fato ou faço uma análise, mas quando opino dou a minha opinião. Governo é posto por nós e pago por nós para acertar, acertar é obrigação. Não é preciso elogiar. Errar obriga à crítica. O artigo imediatamente anterior ao e-mail do estimado leitor e que talvez haja sido a gota d`água que lhe encheu o copo opinava sobre duas coisas vindas do governo Lula. A defesa que a ministra e candidata do PT a presidente da República, Dilma Rousseff, fizera do retorno dos mensaleiros do PT à política e os rapapés (não me lembrei na ocasião de acrescentar os salamaleques) com que o governo Lula recebia em Brasília o presidente iraniano Ahmadinejad, o sinistro mentiroso que nega o Holocausto – a matança de seis milhões de judeus por Hitler.
    Claro que o leitor que teve a gentileza de escrever-me não concorda com o insulto à humanidade perpetrado por Ahmadinejad e, estou convicto, também com a defesa de Rousseff quanto à volta dos mensaleiros. Apenas o meu artigo opinativo continha mais duas críticas “a coisas que venham do governo Lula” e ele talvez haja entendido que chegara a hora de não mais permanecer em silêncio. O somatório das críticas terá atingido o seu limite de paciência.
    Quanto a estar eu “e alguns jornalistas” mais, insistindo na crítica (que fiz também, com a mesma insistência, a coisas vindas do governo FHC, por exemplo), enquanto 80 por cento dos eleitores avaliam positivamente o presidente Lula, lembrei-lhe que nem sempre a maioria está certa. A maioria, respondi a ele, votou e sentenciou Sócrates a beber cicuta e não creio que essa maioria estivesse certa. A maioria reunida ante a Torre Antonia, em Jerusalém, pediu a libertação de Barrabás e a crucificação de Jesus e nem mesmo Pilatos concordou com a opção – apenas, por falta de coragem, submeteu-se.

Este artigo foi publicado originalmente na Tribuna da Bahia desta sexta-feira.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano

Cristovam quer que Lula interceda junto ao presidente do Irã em favor de cientista preso

Sexta, 27 de novembro de 2009
Da Agência Senado
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) comunicou ao Plenário, nesta quinta-feira (26), ter transmitido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Ministério das Relações Exteriores, pedido que recebeu solicitando sua intervenção junto ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadimejad, no sentido de evitar a condenação à morte do cientista de iraniano-americano Kian Taibackhsh.
O cientista cumpre pena no Irã, onde foi condenado a 15 anos de prisão sob a acusação de ter participado das manifestações que ocorreram após as últimas eleições naquele país. Agora, informou o senador, o cientista está sendo acusado de espionagem, o que significa que poderá ser condenado à morte.
Cristovam pediu ao presidente Lula que dê um telefone ao presidente do Irã, usando a autoridade que adquiriu ao recebê-lo no Brasil e lembrando a maneira como ele foi recebido pelas autoridades brasileiras e faça um apelo pela vida do cientista.
O senador acrescentou que, se fosse o presidente Lula, pediria também a Mahmoud Ahmadimejad o fim da pena de morte no Irã.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Idec apresenta novos estudos que desmontam argumentos dos bancos contra ressarcimento a poupadores

26 de Novembro de 2009
Do site do Idec - Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
Apresentadas em uma mesa-redonda, uma das análises mostra que bancos têm caixa para pagar poupadores e a outra detecta que decisões judiciais são favoráveis ao consumidor. As constatações refutam os argumentos dos bancos na ADPF que visa suspender as ações sobre o assunto

Aconteceu ontem, 25, em Brasília, a mesa redonda "Planos Econômicos: Ações Judiciais, Liquidez Bancária e Risco Sistêmico", organizada pelo Idec em parceria com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

No evento, o Idec apresentou dois estudos sobre o assunto. Um deles aponta que os bancos têm condições de pagar os poupadores lesados pelos planos econômicos, enquanto o outro verificou que a jurisprudência no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as ações que reivindicam a recuperação das perdas é favorável ao consumidor.

No primeiro estudo, feito em parceria com o Sindicato, foram avaliados indicadores de liquidez dos sete maiores bancos brasileiros (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú-Unibanco, Nossa Caixa, e Santander), que detinham quase 80% das contas da época dos Planos Econômicos. A análise, baseada nos balanços do primeiro semestre deste ano, aponta que os bancos têm condições de pagar as dívidas decorrentes das ações dos poupadores sem que isso signifique eventuais problemas de liquidez.
Leia mais no site do Idec

Quinta, 26 de novembro de 2009

Viver é lutar.
Se o duro combate
Os fracos abate,
Aos fortes, aos bravos,
Só pode exaltar


(Gonçalves Dias - Canção do Tamoio)

Conselho denuncia criminalização de movimentos sociais pelo governo gaúcho

Quinta, 26 de novembro de 2009
da Agência Brasil
Brasília - O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH) entregou hoje (26) a autoridades do Rio Grande do Sul o relatório final sobre denúncias de criminalização dos movimentos sociais no estado. O documento afirma que “realmente existem indícios da criminalização dos movimentos sociais do campo e da cidade por parte dos poderes locais”, e conclui que a intimidação está elevada “ao nível de uma política de Estado dos Três Poderes” por não se tratarem de ações isoladas e esporádicas e por haver repressão com violência contra protestos “tanto do movimento sindical e estudantil, como dos movimentos sociais”.

Coordenador do Programa Nacional dos Defensores dos Direitos Humanos e relator da comissão que produziu o documento, Fernando Mattos explica que o documento apresenta 28 recomendações às autoridades estaduais com o objetivo de evitar a repetição de violações aos direitos humanos nas relações com os movimentos sociais.

Entre as recomendações, Mattos destaca a criação de um Conselho Estadual de Direitos Humanos, algo que, segundo ele, “sequer existe no Rio Grande do Sul”; a criação de uma comissão estadual de mediação e prevenção de conflitos agrários no estado; e o pedido para que a Brigada Militar “revogue normas que, no nosso entendimento, são inconstitucionais por darem margem a esses conflitos”.

“Mas processos de criminalização de movimentos sociais não ocorrem apenas no Rio Grande do Sul”, pondera o relator. “Aparecem de forma bastante intensa em outros estados, como o Pará, Pernambuco e a Bahia”, acrescenta.

Ele explica que o motivo de o foco do relatório ter sido o Rio Grande do Sul foram dois requerimentos: um apresentado pelo ouvidor agrário nacional, Gersino Silva, e outro pelo falecido deputado federal Adão Pretto (PT-RS).

“Eles [o ouvidor e o deputado] solicitaram a apuração de um pedido de extinção do MST [Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], feito pelo Ministério Público do estado”, explica Mattos.

“Ao fazermos nossas investigações, descobrimos que houve um agravamento muito forte desses conflitos a partir de 2005, e que eles iam além da criminalização, havendo também práticas de torturas, e, inclusive, o assassinato de um integrante do MST [Helton Brum], morto a tiros pelas costas”, acrescentou o relator.

O relatório preparado pela comissão foi entregue a representantes das secretarias estaduais, deputados estaduais e defensores do Ministério Público Federal e do Estadual, além de representantes da sociedade civil, em cerimônia na Assembleia Legislativa do estado.

“Agora inicia-se a fase de acompanhamento, monitoramento e cobrança para que as recomendações sejam implementadas”, afirma Mattos. “Nossa expectativa, após essa reunião, é bastante positiva porque, pela primeira vez, vislumbramos alguma possibilidade de diálogo”, completa.

Procurada pela reportagem, a assessoria do governo do Rio Grande do Sul afirmou que a Secretaria de Segurança do estado se pronunciaria sobre o assunto. A secretaria, por meio do coordenador-geral da Briga Militar, coronel Trindade, disse que o estado recebeu notícias sobre o conteúdo do relatório, mas que o documento ainda não tinha sido recebido oficialmente motivo pelo qual ainda não era possível fazer nenhum tipo de pronunciamento.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Manifestação de moradores do Gama na CLDF

Quarta, 25 de novembro
Após o resultado do julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) da Lei 780/2008 no Tribunal de Justiça do DF, ontem à tarde (24/11), alguns dos moradores do Gama deixaram o tribunal e se dirigiram à Câmara Legislativa. A lei foi declarada inconstitucional desde a sua origem. Foram 12 votos contra a lei e apenas dois a favor. Veja algumas fotos da manifestação na rampa da CLDF.

Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009
Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009
Dedos apontam para a faixa que anuncia a anulação da Lei 780/2008. Deputado Rogério Ulysses, que votou pela aprovação da lei, tenta dissimular com um sorriso.


Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009
TV filma manifestação dos moradores do Gama



Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009
Deputado Paulo Tadeu é cercado por manifestantes


Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009


Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009


Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009
Pequena parcela da caravana da vitória


Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009
Deputado Paulo Tadeu suou tentando explicar o seu voto a favor da lei, quando da aprovação na CLDF.



Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009


Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009


Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009


Imagem: gamalivre.com.br - 24/11/2009
Que os deputados parem de fazer besteiras com as áreas verdes e passagens de pedestres do Gama.

Toma que o filho é teu

Quarta, 25 de novembro
A postura de um distrital causou a pior impressão entre quem ouviu o relato de duas senhoras que compareceram ontem ao gabinete desse deputado da base parlamentar do governador. Elas foram falar com o deputado, que é do Gama, sobre a decisão pela anulação da Lei 780/2008, decisão tomada ontem, por 12 a 2, pelo Tribunal de Justiça do DF. Moradores do Gama fizeram uma manifestação ontem na frente da CLDF.

O distrital, que além de votar pela aprovação da lei quando o projeto se encontrava na CLDF, e chegou inclusive a apresentar e brigar por emendas por ele apresentado, ontem saltou de banda.  Depois da lei anulada pelo TJDF, o parlamentar diz não ter qualquer responsabilidade pela lei que destruiu centenas de áreas verdes e passagens de pedestres do Gama. Mostrando uma tremenda ingratidão com o governador, tentou jogar toda a responsabilidade nas costas de Arruda.

Os comentários de quem ouviu o relato das duas senhoras era de que o parlamentar era arrudista na hora de nomear muita gente para a Administração do Gama, mas nas horas amargas, das coisas ruins, de sofrer o desgaste trazido pela Lei 780, ele joga tudo como responsabilidade do governador. Ingratidão!

terça-feira, 24 de novembro de 2009

† Necrológio †

Terça, 24 de novembro de 2009
Lei 780/2008
02/09/2008 - 24/11/2009
Cumprimos o dever de informar que morreu na tarde desta terça-feira, 24 de novembro de 2009, a filha bastarda do governo do DF com a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). De morte matada pela espada da Justiça, faleceu nesta tarde a Lei Complementar nº 780 de 2008. Não mais matará o verde ou destruirá as passagens de pedestres das quadras residenciais da cidade do Gama/DF. A lei vinha agonizando desde o último dia 10 de novembro quando começou a ser julgada pelo TJDFT.  Na terça-feira da semana passada (17/11) teve uma parada cardíaca quando mais quatro desembargadores votaram pela sua morte. Hoje, 24 de novembro, deixou de apresentar qualquer sinal vital com o golpe desferido pelos três últimos votos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

Como assinalado pelo Gama Livre em postagem do dia 12 último, a população do Gama não derramará uma só lágrima de tristeza, não acenderá vela, não colocará sobre o túmulo sequer uma fita ou flor amarela. Espera, sim, que não haja ressurreição, reencarnação e nem assombração.

Leia: A morte anunciada

Placar final do embate no Tribunal de Justiça do DF

Terça, 24 de novembro de 2009


Gama 12  X  2 Destruição de áreas verdes e passagens de pedestres

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Ala peemedebista indica Requião como pré-candidato à presidência

Segunda, 23 de novembro de 2009

O governador Roberto Requião foi indicado ontem, 21, como pré-candidato do PMDB à presidência da República, durante encontro do partido realizado em Curitiba. A moção de apoio à candidatura própria à sucessão de 2010 e a apresentação do nome do governador do Paraná teve o aval de representantes e deputados de 15 diretórios regionais do PMDB, do governador de Santa Catarina, Luis Henrique da Silveira, dos senadores Pedro Simon (RS) e Neuto de Couto (SC) e do presidente do PMDB de São Paulo, ex-governador Orestes Quércia.

A defesa da pré-candidatura de Requião foi feita pelo senador Pedro Simon, que cobrou do governador do Paraná uma resposta imediata. "Nós temos que tomar uma decisão. A partir de amanhã, podemos começar a percorrer o Brasil inteiro como pré-candidato. É só o Requião marcar a data que nós estamos nesta caminhada", afirmou. Leia mais

Retirada de agradecimento

Segunda, 23 de novembro de 2009
Em postagem das 6h30 desta segunda-feira informamos que na praça em que se realiza o 42º Festival de Brasília do Cinema, versão Gama, foi estendida uma grande faixa, supostamente assinada pelo Conselho de Cultura da cidade, com um “obrigado governador Arruda pelos investimentos na cultura”. Como não foi autorizada pela diretoria do Conselho, nem sequer discutida, e nem poderia ser se considerado o investimento do governo em cultura, não deu outra. O “obrigado” sumiu com faixa e tudo. Da falsa peça publicitária acredita-se que restem apenas as fotos registradas pela câmara do blog Gama Livre.
Salto alto provoca danos à saúde, confirma estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. E salto alto de governante é o mais perigoso, principalmente para a saúde da população.

Tributo à Miriam Makeba

àegunda, 23 de novembro de 2009
Morta aos 76 anos de ataque cardíaco depois de um show na Itália no dia 10 de novembro do ano passado, Miriam Makeba foi, sem dúvida, uma voz da resistência ao apartheid na sua África do Sul. Em 1963 foi impedida de ingressar em seu país, o que fez com que ela vivesse no exterior até que Mandela assumisse o governo sul-africano. Morou na França, Estados Unidos, Bélgica e Guiné.

Arte, Cultura, decepção, abandono, desprezo

Segunda, 23 de novembro de 2009

Imagem de gamalivre.com.br em 21-11-2009
Festival de cinema no Gama atrai pouca gente, tem tela pequena e está sendo realizado na rua.

A foto acima revela parte do quadro de penúria a que foi levada a cultura na cidade do Gama. O Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que todo ano acontece, era realizado também no Cine Itapuã, no Gama. Pelo desprezo com que as autoridades do DF têm tratado a área da cultura, o festival deste ano no Gama está sendo realizado no meio de uma praça, em instalações que deveriam envergonhar qualquer governo, e deixar corados os deputados distritais que se consideram da cidade, especialmente aqueles dois que se encontram, pelo menos até hoje, na base parlamentar do governador.
Antes o Cine Itapuã enchia durante a realização do festival. Pessoas ficavam sentadas nos corredores, prestigiavam o evento em todos os dias. Hoje, abnegados tentam fazer o que podem, mas a precariedade do local de exibição não ajuda. Tela de projeção pequena, cadeiras de plástico como as usadas em botecos, equipamentos em cima de mesas improvisadas, som horrível, por ser em espaço aberto.
O resultado é público diminuto, quase que inexistente, para assistir a alguns filmes curtas-metragens. É o retrato do misto de incompetência e desprezo pela cultura na cidade. Sábado (22/11), por exemplo, apesar do clima bom, sem chuva ou muito frio, cerca de 40 pessoas se encontravam sentadas vendo os filmes. Existia mais um mesmo tanto em pé, perambulando por barracas de cachorro-quente e papos paralelos aos diálogos que aconteciam nas fitas exibidas na telinha.
Enquanto isso acontece, outras coisas não acontecem. Não acontece, por exemplo, a votação na Comissão de Assuntos Sociais (Cas) da CLDF de projeto de lei que tornaria o Centro Cultural Itapuã em patrimônio arquitetônico, afetivo e cultural do Distrito Federal, considerando-o de “excepcional valor artístico” e a sua conservação “de relevante interesse público”. Seria a salvação para o Centro Cultural Itapuã.
Mas tal projeto dorme há mais de cinco meses no gabinete do deputado Wilson Lima, fato que tem decepcionado artistas e outras pessoas ligadas à arte e cultura no Gama. O projeto de lei, depois de receber parecer favorável do deputado Milton Barbosa, teve pedido de vistas de Wilson Lima, deputado eleito com grande apoio do Gama. Enquanto o projeto dorme em suas mãos, a arte e a cultura agonizam na cidade, o Festival de Cinema que é apresentado na cidade é um fiasco por não ter instalações adequadas para as apresentações. Artistas não contam com o espaço Cultural Itapuã, nem com o acanhado Galpãozinho. Até as instalações da Associação dos Artesãos do Gama foi abandonada pelo poder público, sendo hoje refúgio para moradores de rua e depósito de lixo, urina e fezes, tudo isso no coração da cidade do Gama, a menos de 800 metros da Administração Regional.
A Biblioteca Pública foi transferida temporariamente para o pequeno e inadequado prédio que era usado pela Receita do DF, localizado atrás do Centro Cultural Itapuã. Na época prometeram a imediata recuperação do antigo prédio da biblioteca junto à rodoviária da cidade. Nada até agora foi feito, a não ser o fato de que pelo menos nos próximo dois anos tal prédio não será devolvido à biblioteca. Será usado, inclusive por força de lei aprovada na CLDF, por um instituto que ministra cursos profissionalizantes. Importantes cursos, sem dúvida. Mas tinha que ser nas instalações da Biblioteca? É aquela tal coisa de cobrir um santo descobrindo outro. A biblioteca que espere o novo governo tomar posse em janeiro de 2011, se é que novo governo terá alguma sensibilidade para a cultura.
Numa atividade como a desenvolvida na praça do Cine Itapuã, ou seja, a versão do Gama do 42º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, sempre há espaço para “babação”. Quando não há espaço espontâneo, há espaço cobrado. Causou estranheza a várias pessoas presentes  no evento as faixas estendidas no espaço da improvisada “sala” de projeção ao ar livre. Era um oba-oba a parlamentares, fosse distrital ou senador. Numa mensagem em faixa exposta no local o nome do combativo Conselho de Cultura do Gama foi  indevidamente usado, pois nem sequer tal conselho havia se reunido para discutir “agradecimento” a qualquer político. Na grande faixa, que não se sabe exatamente mandada colocar por quem,  mas desconfia-se, a frase de agradecimento ao governador “pelos investimentos na cultura”. A faixa, acredito, seria de protesto, pelo que conheço do Conselho de Cultura do Gama.  Seus autores intelectuais - da faixa - certamente fecham os olhos ao passarem pelo Cine Itapuã, pelo Galpãozinho, pela Associação dos Artesãos do Gama, e pela Casa de Cultura do Gama (coisa que até agora não saiu do papel). Veja abaixo fotos dos locais de cultura do Gama, todos eles abandonados. Agradecimentos por quê?

Imagem de gamalivre.com.br em 21-11-2009
Galpãozinho, o pequeno teatro do Gama, há muito fora de combate.



Imagem de gamalivre.com.br em 21-11-2009 
Coluna enferrujada que "sustenta" o prédio da Biblioteca Pública.


Imagem de gamalivre.com.br em 21-11-2009
Interior do prédio da Associação dos Artesãos do Gama. Lixo, urina e fezes. Retrato do abandono pelas autoridades.


Imagem de gamalivre.com.br em 21-11-2009
Símbolo da Sabedoria, a coruja resiste em seus domínios territoriais na Biblioteca Pública. Se ela entendesse o que se passa com a biblioteca...

Ó paí, ó!

Segunda, 23 de novembro de 2009 
Por Ivan de Carvalho 

A semana começou mal. Ontem o PT fez o seu Processo de Eleições Diretas. Mas, ao meu ver, as eleições não foram o fato mais importante do PED e sim uma declaração da ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à sucessão de Lula.

Inspirada não sei por qual espírito de porco, a candidata, ao votar, defendeu a volta à política dos petistas envolvidos no Mensalão, em assuntos de corrupção o maior escândalo da história do Brasil, pois, não pelo resultado, mas pelo conteúdo, superou em muito o caso Collor. Ao votar no PED, Dilma Rousseff afirmou que a volta de petistas envolvidos na compra de votos de parlamentares no Congresso Nacional “faz parte do processo democrático”.

Na opinião dela, expressa numa linguagem arrevesada, ao trazer de volta seus mensaleiros, “o PT está procedendo de forma correta. Você não pode adotar uma prática que ocorreu muito no Brasil ao longo dos últimos anos que era, ao contrário da conquista democrática do Ocidente, que havia que provar que uma pessoa era culpada e não a pessoa provar que era inocente”. E completou que, como não houve nenhuma condenação em definitivo (ainda) é “natural” que essas pessoas “exerçam seus direitos políticos”, pois “ninguém pode ser cassado a priori”. 
Ora, se ela fosse candidata a presidente do Supremo Tribunal Federal, o discurso dela estaria juridicamente correto. Mas Dilma é candidata a presidente da República. Sua defesa dos envolvidos com o Mensalão é politicamente incorreta. Aliás, inaceitável. 
A semana iniciada ontem começou mal e piora hoje. Chega ao Brasil, em visita oficial de um dia, mas com direito a todos os rapapés oficiais, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que nega o Holocausto – a matança de seis milhões de judeus pelo nazismo –, afirma que foi apenas uma propaganda mentirosa para “justificar a criação do Estado de Israel” e proclama que o Irã quer “varrer Israel do mapa”. Escrevi aqui no sábado que nunca mais me ufanarei do meu país se ele não sair do Brasil “com uma quente e duas fervendo”. 
Estou pessimista. Ahmadinejad terá um encontro com Lula, no qual haverá muito amor. Rimando o amor dos dois com a dor dos seis milhões que morreram no Holocausto e a dos milhões de sobreviventes, fugitivos e parentes dos mortos. Irá ao Congresso, mas ali visitará apenas os presidentes da Câmara e Senado. Não enfrentará o plenário. Vai fazer uma palestra para platéia de universitários selecionados. Ontem, durante duas horas, 2 mil pessoas, incluindo as comunidades judaica e árabe, grupos afro-religiosos, grupos gays – cruelmente perseguidos no Irã – e civis desengajados, com bandeiras, cartazes, apitos, panfletos, camisas e balões com inscrições, protestaram contra a visita. Também foram convocadas manifestações em frente ao Itamaraty e em outras cidades. 
Bem, aí está a quente. Faltam as duas fervendo – manifestações de instituições importantes e da oposição, pelo menos. E não foram anunciadas. Completando com a defesa dos mensaleiros por Dilma Rousseff, creio mesmo que nunca mais me ufanarei do meu país.

Este artigo foi postado originalmente na Tribuna da Bahia desta segunda-feira.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano

Povo de santo pede paz e respeito

Segunda, 23 de novembro de 2009
Da Tribuna da Bahia
Representantes de religiões de matriz africana tomaram ontem as ruas do Engenho Velho da Federação, Vasco da Gama e Dique do Tororó para promoverem a 5ª Caminhada pela Vida e Liberdade Religiosa, causando longo engarrafamento. Vestidas de branco, milhares de pessoas protestaram contra a discriminação e pediram paz e respeito às práticas do candomblé. Fogos de artifício, trio elétrico e um ato de paz com show no Dique fizeram parte do evento. Nem o sol quente desanimou os participantes da caminhada que lançaram um slogan para os incubados : “Quem é de axé diz que é”.  

Leia mais na Tribuna da Bahia

domingo, 22 de novembro de 2009

E o mundo da política gira

Domingo, 22 de setembro

Imagem gamalivre.com.br - em 21-11-2009
Companheiros em 2002. Hoje...

Plástico que no último sábado protegia barraca de cachorro-quente armada na praça do Cine Itapuã (Gama/DF) durante o Festival de Cinema.

Prefeitos erram e o povo é que perde

Domingo, 22 de novembro de 2009

Em razão de irregularidades, 326 municípios tiveram suspenso o repasse de verba para o programa Saúde da Família, Saúde Bucal e Agentes Comunitários de Saúde. A principal irregularidade identificada pelo Ministério da Saúde foi a duplicidade de pessoas no cadastro profissional das equipes de atendimento à população. Enquanto não houver a correção dos erros o povo continuará sofrendo.

Consciência Negra: governo já deixou de aplicar R$ 178 milhões no Brasil Quilombola

Domingo, 22 de novembro de 2009
O governo federal pretendia investir mais de R$ 2 bilhões, entre 2008 e 2011, em ações que viabilizassem o acesso à terra, melhoria da saúde, cultura, educação e infraestrutura nas comunidades remanescentes de escravos – os quilombos. As intenções, entretanto, esbarram em obstáculos para o repasse de verbas. O Brasil Quilombola, por exemplo, principal programa voltado a estas comunidades, gastou menos de R$ 13 milhões dos R$ 56,6 milhões previstos no orçamento deste ano. Desde sua implementação, em 2005, o programa já desembolsou R$ 57,6 milhões. Neste mesmo período, no entanto, deixou de aplicar R$ 178,7 milhões (veja a série histórica).

Para atender às demandas dos quilombolas como a regularização da posse da terra e o apoio ao desenvolvimento das associações representativas, por exemplo, o programa Brasil Quilombola foi criado em março de 2004. Seus projetos e atividades são coordenados pela Presidência da República, por meio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Desde sua criação, no entanto, o programa sofre com a baixa execução.
Logo no primeiro ano de sua implementação, 2005, o programa contou com R$ 28,6 milhões previstos, dos quais somente 25% foram efetivamente aplicados. Em 2006, o orçamento aprovado teve um incremento de mais de R$ 23 milhões em relação ao ano anterior, totalizando R$ 52,3 milhões. Apesar disso, menos da metade foi executado – 31%. No ano seguinte o orçamento previsto caiu para R$ 45,4 milhões, dos quais apenas R$ 13,3 milhões foram efetivamente gastos. Foi no ano passado, no entanto, que as comunidades foram menos favorecidas com os recursos do Brasil Quilombola. De um orçamento de R$ 53,4 milhões, somente R$ 8,5 foram desembolsados, batendo o menor índice de execução do programa (16%). Leia mais em Contas Abertas

GDF investiu apenas 3,6 por cento dos recursos do Samu

Domingo, 22 de novembro de 2009
Enquanto em 2009 o GDF (Governo do Distrito Federal) aplicou apenas 3,6 por cento do dinheiro que deveria ser investido no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), para a empresa terceirizada Toesa  o gasto é de R$2 milhões por mês (isso mesmo, por mês).  A acusação é do deputado distrital Chico Leite (PT).
Lembra o deputado que o Samu, que pode ser acionado pelo telefone 192, é um dos serviços públicos de excelência oferecidos à população do DF, mas que infelizmente o governo do Distrito Federal ao invés de investir recursos do orçamento para melhorar ainda mais o serviço, optou por terceirizar parte do atendimento para uma empresa do Rio de Janeiro contratada sem licitação.
“Quero que o GDF explique por que falta dinheiro para o SAMU, mas não para a Toesa”, declarou Chico Leite.

sábado, 21 de novembro de 2009

Visitante indesejado

Sábado, 21 de novembro de 2009
Por Ivan de Carvalho

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, chega ao Brasil na segunda-feira para uma     visita de um dia. É a primeira visita de um presidente iraniano ao Brasil e Lula a retribuirá no primeiro trimestre de 2010.
O ponto principal da agenda é o pedido de apoio político do governo Lula para o programa nuclear iraniano. Trata-se, praticamente, de chover no molhado, pois o presidente Lula, por iniciativa própria ou mal aconselhado pelo ministro das Relações Exteriores e pelo seu assessor especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia – aquele do Top-Top-Top do caseiro Francenildo – já anunciou antecipadamente esse apoio, afirmando que o Irã tem direito a um programa nuclear para fins pacíficos.
Com isso, Lula chancela a falsa argumentação do governo iraniano, rejeitada pelos principais protagonistas do cenário internacional, de que o programa nuclear do Irã tem fins pacíficos. Não tem. Vários países importantes tentam uma negociação com o governo de Ahmadinejad a respeito de seu programa nuclear, mas ela não avança.
A primeira atitude iraniana foi a de embaraçar e finalmente cancelar toda fiscalização da Agência Internacional de Energia Atômica sobre o programa nuclear iraniano e, portanto, a produção de combustível nuclear pelo Irã, especialmente no que diz respeito ao enriquecimento de urânio (um caminho para a produção de armas nucleares) e a um subproduto do funcionamento das usinas, o plutônio, com o qual bombas nucleares também são produzidas.
Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia, Alemanha e a própria União Européia fizeram uma proposta no sentido de que o urânio enriquecido seria fornecido pelo grupo e especialmente pela Rússia, que tem laços políticos muito fortes com o governo do Irã. Até o momento o Irã vem evitando dar uma resposta, enquanto busca apoios de governos como o de Lula ou do venezuelano Hugo Chávez (com quem nos misturamos, meu Deus!) para resistir à pressão da comunidade internacional.
 Descobriu-se no Irã, além das instalações nucleares conhecidas, uma planta nuclear secreta, subterrânea, pequena demais para produzir energia elétrica, mas suficiente para a produção de armas nucleares, certamente com “fins pacíficos”.
Ahmadinejad uma vez negou a existência do Holocausto (a matança de seis milhões de judeus pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial) e pouco tempo depois afirmou que o Holocausto foi apenas uma propaganda mentirosa “para justificar a criação do Estado de Israel”, que ele quer “varrer do mapa”. Cumprirá em Brasília uma agenda que, além de encontro com Lula, inclui uma visita ao Congresso, uma entrevista coletiva à imprensa e discurso seguido de debate com estudantes em uma universidade, segundo a embaixada do Irã. Se ele sair do Brasil sem uma quente e duas fervendo pelo que disse do Holocausto (tem direito de dizer, mas convém que alguém o faça também ouvir), nunca mais me ufanarei do meu país.

Este artigo foi publicado originalmente na Tribuna da Bahia deste sábado.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano