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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Esquema de Brasília pode ter ligação com o Mensalão do PT

Segunda, 22 de fevereiro de 2010
O jornal O Estado de São Paulo publicou hoje (22/1), sob o título “Duas novas investigações atingem assessores e complicam Paulo Octávio”, reportagem sobre duas operações que foram bloqueadas no governo Arruda, mas que agora foram assumidas pela Polícia Federal.  A Operação Tellus e a Operação Tucunaré podem definir um triste fim político para o governador em exercício do DF, o empresário Paulo Octávio.
A Operação Tellus, (Tellus na mitologia romana era a deusa da Terra. Na situação do DF seria Terra Arrasada?) apurava um suposto esquema de propina na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do DF. E quem era o titular de tal secretaria? Ele, Paulo Octávio.
Segundo a matéria do Estadão, a Tellus apurava a participação de Arruda e seu vice em transações que não seriam legais, bem como o modo como os dois exerciam o poder para abafar, na Polícia Civil do DF, os inquéritos que poderiam atingi-los.
A Operação Tucunaré, por sua vez, que começou como uma piaba, mas virou tucunaré ao descobrir um esquema milionário de corrupção, poderá vir a demonstrar que o esquema tem ligação com o Mensalão do PT. É o que, segundo o Estadão, desconfiam os investigadores federais.  Eles descobriram que o grosso das somas sacadas no caixa em agências bancárias de Brasília viria da Euro DTVM e Royster Serviços, organizações investigadas no escândalo do Mensalão do PT.
Quando se fala que a terceirização de serviços públicos é, no Brasil, uma porta para a corrupção ou favorecimento, algumas pessoas ainda não acreditam. De acordo com a Operação Tucunaré, uma das empresas que abasteceria o esquema no DF é a Toesa Service. Sabem que empresa é essa? É a que o governo Arruda terceirizou o serviço de ambulância da rede pública de Brasília.