Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Os milhões gastos em propaganda do GDF não foram capazes de livrar Arruda da cadeia. E nem impedir que a corrupção ganhasse as páginas dos jornais e dos noticiários de TV

Terça, 16 de fevereiro de 2010

O governo Arruda gasta milhões e milhões de propaganda. Propaganda da atuação do Estado numa segurança pública que não funciona, numa educação que se encontra no caos, numa saúde que não tem equipamentos, instrumentos, medicamentos, médicos, enfermeiros, auxiliares. Gasta milhões em propaganda enganosa para dizer que o transporte público está bom, contrastando com a dura realidade de milhares de usuários.
Hoje o jornal Folha de São Paulo publica reportagem denunciando que as empresas de comunicação de Paulo Octávio, o vice do preso Arruda, e no exercício do governo, recebeu em 2009 a bagatela de R$5 milhões e R$200 mil de verbas publicitárias do Governo do DF. A verba embolsada em 2009 corresponde 126 por cento da enfiada nas empresas de Paulo Octávio no primeiro ano de governo de Arruda.
O (des) governo de Arruda gasta em publicidade bem mais do que gasta em investimento com segurança e saúde juntas. Um descalabro administrativo e um sucesso em publicidade. Em 2009 Arruda gastou R$201 milhões do contribuinte na propaganda do seu medíocre governo. Isso considerando apenas os gastos com publicidade realizados pela administração direta, excluídas, portanto, aquela propaganda de fundações e empresas públicas. A CEB, empresa pública, gasta milhões e milhões em propaganda, apesar de ser detentora do monopólio da distribuição de energia elétrica no DF. Esses milhões da CEB e da Caesb não estão incluídos nos R$201 milhões levantados pelo jornal Folha de São Paulo.
Só com propaganda feita pela administração direta, o (des) governo Arruda queimou mensalmente (mensalmente) no ano passado a astronômica soma de R$16 milhões e mais R$750 mil. Isso significa um gasto diário (isso mesmo, diário) de mais de R$583 mil. Se esse dinheiro fosse gasto em saúde, por exemplo, muita gente que morreu nas filas dos hospitais teria sido salva. O governante, com sua insensibilidade, infelizmente, não teve essa visão. Melhor, essa seriedade.