Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 25 de abril de 2010

Secretaria de Saúde já gastou este ano R$205 milhões em contratos sem licitação

Domingo, 25 de abril de 2010
Os gastos, levantados pelo distrital Chico Leite (PT), são do período 1º de janeiro—16 de abril deste ano.

Apesar de todas as denúncias, como as da Operação Caixa de Pandora, que atingem o governo do Distrito Federal, os governantes e os distritais ainda não tomaram as providências que deveriam tomar. Sempre com o argumento falacioso da “maior agilidade” para resolver problemas emergenciais —que normalmente não são emergenciais, mas fruto da incompetência ou coisas piores dos administradores— o Estado contrata sem licitação, o que, na grande maioria das vezes acarreta grandes prejuízos aos cofres públicos.
Estoques de remédios, instrumentos, gazes, seringas, agulhas, fios para sutura, coisas assim, são facilmente planejados. Mas isto somente quando o administrador realmente quer fazer as coisas como elas devem ser feitas.
Hoje nos hospitais públicos de Brasília, que já foram os melhores do Brasil, falta do auxiliar técnico ao médico, da seringa ao remédio, do fio de sutura à agulha para fazer a própria sutura. Falta até etiqueta para identificar os exames médicos. Falta vergonha!
A única coisa que sobra, parece, é a falta de vergonha das autoridades que sempre ao serem apanhados pela imprensa, afirmam coisas como “na próxima semana o problema está resolvido”. E o pobre coitado do contribuinte continua levando 12 ou 14 horas para ser atendido no pronto-socorro. E dias ou meses para fazer um exame.
E nunca se resolve o problema dos hospitais e postos de saúde de Brasília. E ainda tem gente que diz, para afastar o risco (risco para eles) da intervenção federal, que o governo encontra-se na normalidade. O governo, o que eles entendem por governo, pode até estar na “normalidade”, a população não. A “normalidade” do governo em Brasília, infelizmente, é diferente da normalidade dos serviços públicos prestados pelo governo.