Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 25 de maio de 2010

RIFA DO BURRO

Terça, 25de maio de 2010
Certa vez quatro meninos foram ao campo e, por R$ 100,00, compraram o burro de um velho camponês. O homem combinou entregar-lhes o animal no dia seguinte. Mas, quando eles voltaram para levar o burro, o camponês lhes disse:

- Sinto muito, amigos, mas tenho uma má notícia. O burro morreu.
- Então devolva-nos o dinheiro!
 - Não posso, já o gastei todo.
 - Então, de qualquer forma, queremos o burro.
 - E para que o querem? O que vão fazer com ele?
 - Nós vamos rifá-lo.
 - Estão loucos? Como vão rifar um burro morto?
 - Obviamente, não vamos dizer a ninguém que ele está morto.
- Um mês depois, o camponês se encontrou novamente com os quatro garotos e lhes perguntou:
 - E então, o que aconteceu com o burro?
 - Como lhe dissemos, o rifamos. Vendemos 500 números a 2 reais cada um e  arrecadamos 1.000 reais.
- E ninguém se queixou?
- Só o ganhador, porém lhe devolvemos os 2 reais, e pronto.

Os quatro meninos cresceram e fizeram uma plantação de arruda, fundaram uma empresa de informática, uma distribuidora de medicamentos e equipamentos hospitalares, uma agência de publicidade, uma construtora, tudo para “arrumar” contratos com uma certa unidade da Federação, além, claro, de umas cooperativas de transportes de microônibus, uma fábrica de bolsas, cuecas e paletós para deputados. Montaram até uma agência de leilões de parlamentares.