Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 27 de junho de 2010

E a intervenção pode vir

Domingo, 27 de junho de 2010
Roberto Gurgel, o procurador-geral da República, insiste, e acredita, na intervenção federal.

Que ele alcance o sucesso na sua empreitada da próxima quarta-feira no STF (Supremo Tribunal Federal), para que Brasília possa ser colocada no caminho da ética e da seriedade no trato da coisa pública.

O pedido de intervenção feito por Gurgel será apreciado nesta quarta (30/6). Políticos, empresários, grandes meios de comunicação, estão tremendo diante da possibilidade de aprovação da intervenção. Deixarão de "mamar" caso isso aconteça.

Depois do desastroso governo de Arruda, veio o seu vice e, para sair do foco das acusações que pesavam sobre ele, pediu para sair. Assumiu o governo o arrudista Wilson Lima, presidente da CLDF, que nada fez de concreto a não ser continuar nomeando apadrinhados de políticos. Tentou ficar até o final do ano como governador, mas foi derrotado por um filho do cruzamento político de Roriz e Arruda. Derrotado numa eleição casuística, com regras alteradas, aos trancos. Numa eleição em que dormiu governador eleito e acordou como derrotado.

Foi eleição questionada inclusive pelo Ministério Público. O MP move ação contra nove distritais, todos eleitores de Wilson Lima, mas transformados em eleitores do seu mais forte concorrente nas eleições para governador-tampax do DF. Eles foram "levados" e "escondidos" num hotel de Goiânia. Estavam fazendo o quê? Temiam a investida de quem?

Após "eleito" Rogério Rosso tomou "posse" como governador. Não governa, não soluciona o caos na saúde, onde mulheres dão à luz em fétidos banheiros, onde faltam médicos, enfermeiros e até mesmo um mínimo de segurança para os funcionários e pacientes. A segurança, outro caos. Promete o governador que irá melhorar os postos policiais, os tais kinders ovos. É salgar carne podre. São podres, em termos de segurança pública, os tais postos. Podres e caríssimos.

Educação? Outro caos. Transporte público é o drama que conhecemos. O que funciona então no governo do DF? Nada, praticamente nada. Praticamente só as nomeações de apadrinhados, inclusive de "afilhados" de distritais. Essa prática continuou a acontecer com toda força.

Só resta a intervenção! Ela será bem-vinda!