Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 19 de junho de 2010

Uma lei de ficha limpa para os partidos brasileiros

Sábado, 19 de junho de 2010
A lei da ficha limpa, apesar de capenga, vai causar estragos para alguns políticos fichas sujas pelo Brasil.

Aqui em Brasília ela promete justiçar pelo menos Joaquim Roriz —que renunciou ao Senado para não ser cassado—, os ex-distritais Júnior Brunelli e Leonardo Prudente, que também renunciaram aos mandatos, e o distrital Cristiano Araújo, que foi condenado pelo TER-DF. Também o ex-senador Luiz Estevão, cassado,  e condenado a 31 anos por tribunal superior, é outro que não poderá ser candidato. O que tem também de pré-candidato a distrital enrolado na Justiça está fora do gibi.

Paulo Octávio, vice-governador que substituiu Arruda enquanto este puxava uns dias de xadrez, renunciou para sair do foco da Operação Caixa de Pandora. Apesar de não falar em nova candidatura, se for se aventurar, será também impugnado pelo Ministério Público Eleitoral.

A decisão de aceitar ou não os registros, contudo, é da Justiça Eleitoral, não do Ministério Público. Este requer a rejeição da candidatura. A Justiça aceita ou não.

Mas olhando o quadro político de Brasília, passando os olhos nos candidatos a cargos majoritários (governador, vice e senador, prefeitos) e também proporcionais (deputados federais e distritais ou estaduais, vereadores), o que se chega a conclusão é que o necessário mesmo é uma lei de ficha limpa para os partidos políticos.

Fui signatário do abaixo-assinado da proposta de iniciativa popular do "ficha limpa". Espero poder assinar também uma iniciativa pelo ficha limpa para os partidos políticos.