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(Millôr Fernandes)

sábado, 28 de agosto de 2010

Ophir apóia reabertura do caso Lyda e cria comissão para estudar as ações

Sábado, 28 de agosto de 2010
Fonte: OAB       
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, apoiou hoje (27) a proposta do presidente da Seccional da OAB do Rio de Janeiro, Wadih Damous, para que sejam  reabertas as investigações acerca do atentado que matou Lyda Monteiro, atingida por uma carta-bomba dentro da sala da Secretaria da Presidência do Conselho Federal da OAB, no Rio de Janeiro, em 27 de agosto de 1980 - há exatos trinta anos. Ele anunciou a criação de uma comissão para estudar e propor as ações judiciais necessárias e cabíveis  para o requerimento da reabertura do processo investigatório, sobretudo depois que a edição de hoje do jornal O Globo apontou alguns suspeitos da autoria do atentado. "Vou criar uma comissão de juristas encarregada também de fazer uma análise criteriosa sobre a possibilidade de reabertura do caso, até para não criar falsas expectativas", disse.

Ophir Cavalcante, que participou de ato hoje na OAB-RJ em homenagem à memória de Lyda Monteiro, juntamente com Wadih Damous e diversos dirigentes da advocacia, afirmou que um crime dessa natureza não pode ficar impune. "A impunidade não pode prevalecer na nossa sociedade, que exige o esclarecimento de fatos como esses, até para que não se repitam em nossa história", ressaltou o presidente nacional. Ele cobrou também a total abertura dos arquivos do período da ditadura, para que a história brasileira seja conhecida em sua inteireza e seja feita justiça aos seus mártires desse período, como foi o caso de Lyda Monteiro, vítima da carta-bomba endereçada ao então presidente nacional da OAB, Eduardo Seabra Fagundes, e  fabricada por agentes da repressão a serviço do governo militar ditatorial de então, como apontam vários indícios.