Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Noves fora, zero

Segunda, 18 de outubro de 2010
Debate morno, para não dizer frio ou gelado. Assim foi o debate de ontem na Rede TV! entre Dilma e Serra. Ficaram os dois pretendentes a presidente no floreio, na superfície de problemas, no coisa nenhuma.

Deram seguimento aos debates anteriores, quando nada de estrutural, de profundo, de raiz, foi tratado. 

Continuaram na manipulação de informações sobre programas no Estado de São Paulo e no governo federal. Cada um inflando os dados que eles consideravam bons e esvaziando os encarados como ruins.

Nos raros momentos que algum assunto mais importante era abordado, logo um e outro corriam da raia e saiam pela direita, literalmente pela direita.

Privatização fez com que Serra corresse da raia. Quando levantado pelo candidato do PSDB, mesmo de modo acanhado, o tema dos criminosos leilões das bacias petrolíferas, leilões iniciados no governo FHC, mas retomados no governo Lula, quando Dilma Rousseff já era a ministra das Minas e Energia e passou de inimiga à defensora da prática, foi a vez da candidata do PT fugir como o Diabo foge da cruz.

Bem, quanto à reforma agrária, dívida externa e interna, aos juros de mais de 180 bilhões pagos anualmente aos banqueiros, nada de expressivo foi falado por um ou outro candidato. Afinal, são os legítimos defensores da manutenção da situação existente.

Foi um debate de discussão de "abrobrinhas". Como foram também os anteriores.

Noves fora, zero. Assim foi o resultado do debate de ontem.