Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Acabando como começou

Quarta, 29 de dezembro de 2010

O governo-tampax de Rogério Rosso vai terminando da maneira mais melancólica. Brasília está afundada no lixo. Encontra-se num mato sem cachorro. Suas ruas estão cheias, cheias de buracos e mato. A saúde só não está na UTI porque não há disponibilidade de UTIs. A segurança não segura bandido algum. As escolas continuam a cair aos pedaços. E o dinheiro do contribuinte indo para o ralo. Cachê de até R$400 mil (para artista que normalmente recebe menos de R$200 mil) para festa na Esplanada dos Ministérios, “comemoração” de alguns gatos-pingados que comparecem à despedida de um dos piores anos da cidade.

É no que deu a insensibilidade do Supremo Tribunal Federal, quando sob o falso argumento de que Brasília estava vivendo uma normalidade, não autorizou a intervenção federal no DF. É o que deu as “negociações” realizadas no âmbito da Câmara Legislativa para eleger Rosso e abortar a intervenção.

A seguir uma homenagem aos deputados —federais e distritais—, senadores, empresariado, sindicatos amestrados, presidência da República e também a boa parte da imprensa local, todos articulando a não-intervenção, enquanto mais de 70 por cento da população se manifestava a favor, conforme as pesquisas de institutos como o Datafolha.

Com a palavra Rita Lee.