Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Antes era uma indecência. Agora...

Quinta, 20 de janeiro de 2011
Em 1999 houve uma guerra na CLDF —Câmara Legislativa do Distrito Federal. O então governador Roriz, com uma base parlamentar obediente (e bota obediente nisso), aprovou a lei 2.299. O PT chiou, denunciou, brigou, mas não conseguiu impedir a aprovação daquilo que chamava de indecência, de um cheque branco nas mãos de um governador. A lei dava carta branca ao chefe do Executivo para a criação de secretarias ao bel-prazer.

A majestade da época usou a lei como bem entendeu. Agnelo, governador do PT, usou, ao assumir em primeiro de janeiro de 2011, a mesma lei e criou várias secretarias.

Agora a distrital Celina Leão (PMN) vai procurar o Ministério Público Federal para requerer uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a lei aprovada por Roriz e também usada por Agnelo.

Seja inconstitucional ou não, o fato é que a criação de novas secretarias no governo do DF não garante, por si só, o aumento de eficácia da gestão. Pode até apenas contribuir para o aumento de despesas e a confusão nas atribuições e responsabilidades na estrutura do Estado. Mas que serve para acomodar aliados, serve.