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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Burocratas querem enterrar o “Umbigo da Bahia”

Quinta, 24 de fevereiro de 2011
Chamado pelo escritor Jorge Amado de “O Umbigo da Bahia”, o Forte de São Marcelo, uma verdadeira pérola encravada nos mares da Baia de Todos os Santos, pode voltar ao estado de abandono que viveu por muitos anos. É que a insensatez de burocratas de Brasília pode expulsar do forte o trabalho da Ong que, com recursos próprios, por dez anos vem revitalizando o papel histórico dessa fortificação.

A Abraf (Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações Militares e Sítios Históricos) mantém atividades sobre a história do forte e da cidade da Bahia. Os turistas que visitam Salvador e especialmente os alunos de escolas da capital baiana contam com um evento onde são recebidos pela corte de D. João VI. Na companhia do rei e de sua esposa (Carlota Joaquina), e de seus guardas reais, o turista e o estudante percorrem na caravela Príncipe Regente as costas da cidade de Salvador. É uma aula de história.

O Museu do Forte de São Marcelo, também administrado pela Abraf, pode acabar. É o que parece que desejam os burocratas de Brasília.

Quem viveu a cidade de Salvador, quem sempre ao passar pelo Mercado Modelo, pelo Elevador Lacerda, quem parava na Sorveteria Cubana no mirante da Praça Municipal, não podia deixar de admirar aquela obra da engenharia militar cravada dentro do mar. Admirava, mas era impedido de visitá-la. O abandono era geral e absoluto.

Depois de recuperado pela Abraf, pode agora o velho forte voltar ao estágio de abandono e deterioração. Querem os burocratas não apenas “homens ao mar”, mas sim ao mar parte da história da Bahia.

Os burocratas, Deus sabe lá o porquê, querem se apoderar novamente do velho forte baiano. Talvez para deixá-lo ao abandono, como ao abandono estão as demais fortificações militares, e o restante dos prédios que integram o patrimônio histórico do Brasil.

Mas a Bahia começou a reagir!

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