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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ministério Público Federal processa Agnelo Queiroz por aluguel superfaturado

Segunda, 16 de maio de 2011
Se condenado, Agnelo pode perder a função pública de governador do DF
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Agnelo está sendo processado por improbidade administrativa pelo Ministério Público Federal
  
Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, está sendo processado pelo Ministério Público Federal por superfaturamento no aluguel antecipado da Vila do Pan (Rio de Janeiro). Em 2007 foram realizados os jogos Pan 2007 na capital fluminense. O Ministério Público relata que o custo do aluguel de 1.490 apartamentos da Vila do Pan aumentou em 62% sobre o orçamento inicial. De R$15,4 milhões, pelo valor de mercado, explodiu para R$25 milhões. Isso ficou demonstrado em relatório do TCU —Tribunal de Contas da União.

Estão sendo processados o governador Agnelo, ex-ministro dos Esportes de Lula, e mais André Gustavo Richer (vice-presidente do Comitê Organizador dos Jogos Rio/2007, e do Comitê Olímpico Brasileiro — Cob), Jorge Eduardo Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, André Almeida Cunha Arantes, ex-secretário de Esporte de Alto Rendimentos do Ministério dos Esportes, o Co-Rio e a construtora Agenco (em nome da coligada Pan 2007 S.A.

Se o MPF conseguir a condenação dos réus, todos eles estarão sujeitos às penas na lei de improbidade administrava (ressarcimento do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa e proibição de contratar temporariamente com o poder público.

De acordo com o Ministério Público, a ação corre na 21ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e Agnelo, Arantes, Richer e o Co-Rio cometeram improbidade ao se omitirem na fiscalização do uso de verbas públicas. Mattoso não tinha justificativa legal para permitir o pagamento de R$25 milhões à Pan 2007, o que acarretou enriquecimento ilícito da empresa.

Para o procurador da República Edson Abdon Filho , "não se pode aceitar que um ex-ministro e um ex-secretário nacional validem o custo de um objeto, que foi estipulado por empresa coligada da beneficiária do repasse, sem, ao menos, verificarem outras avaliações, mais condizentes com os reais valores de mercado. E quando essa avaliação é corroborada pelo ex-presidente da Caixa, contrariando um laudo de análise de engenharia feito por servidores da própria empresa pública federal da qual ele é o chefe, fica clara a intenção de lesar os cofres públicos em benefício de terceiro".

Com informações do Ministério Público Federal