Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Psol define pontos prioritários que defenderá na reforma política.

Segunda, 16 de abril de 2011

O partido quer a proibição da existência de cabos eleitorais pagos, capitulando essa prática como crime eleitoral, levando à cassação imediata do registro de candidato que tenha incorrido em tal delito

As classes dominantes e seus representantes no Legislativo, no Judiciário e no Executivo estarão mobilizados para que nada de novo aconteça na Reforma Política que venha colocar em risco seus interesses. O Psol —Partido Socialismo e Liberdade — divulgou neste domingo (15/4) uma resolução do Diretório Nacional abordando como agirá durante esta Reforma.

Entende o Psol que cabe ao partido “fazer o contraponto nesse debate de cartas marcadas, procurando ampliar os espaços para propostas que visem alterar a legislação atual nesse campo.”

Lembrando os recentes acontecimentos relacionados a escândalos de corrupção, "envolvendo presidentes, deputados, senadores, governadores, prefeitos e vereadores", com caixa 2, mensalão, propinas, desvios de fundos públicos para particulares, compra de votos, nepotismo, cargos fantasmas, o que desmoralizou ainda mais os políticos frente à população, o Psol defenderá algumas propostas que visam moralizar a política e torná-la subordinada à moralidade.

Dentre as propostas a serem defendidas pelo partido durante a Reforma Política, encontram-se, por exemplo:

  • ·        Financiamento das campanhas eleitorais exclusivamente público, e que os recursos destinados aos partidos políticos para constituição desse fundo sejam distribuídos de forma a garantir um percentual igual para todos, de no mínimo de 50% e, do restante, um percentual variável de acordo com a representação na Câmara dos Deputados;
  • ·     Garantia de divisão equitativa do tempo destinado à propaganda eleitoral gratuita, tanto nos processos eleitorais quanto nas propagandas institucionais dos partidos políticos, devidamente registrados junto ao TSE;
  • ·         Instituição da revogabilidade de mandatos por parte dos eleitores;
  • ·    Fim das coligações para eleições proporcionais, garantindo-se pleno direito de organização e funcionamento partidário;
  • ·       Fim da cláusula de barreira na legislação sobre o funcionamento e organização partidária;
  • ·         Introdução do referendo e do plebiscito como forma de participação e controle dos eleitores sobre o processo político, com regulamentação do preceito constitucional que os institui;
  • ·         Proibição, em Lei, da existência de cabos eleitorais pagos, capitulando essa prática como crime eleitoral, levando à cassação imediata do registro de candidato ou candidata que tenha incorrido em tal delito;
  • ·           Reeleição uma única vez para todos os cargos eletivos;
  • ·        Vinculação do aumento do salário dos parlamentares ao do salário mínimo;
  •             Fim do voto obrigatório.
Você pode ler a íntegra da Resolução do Diretório Nacional do PSOL sobre a Reforma Política.