Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Europa: medidas não resolvem problemas da dívida

Sexta, 28 de outubro de 2011
Da "Auditoria Cidadã da Dívida"

Várias notícias confirmam os comentários da edição de ontem deste boletim, de que a operação anunciada ontem pelos líderes da União Européia não resolve o problema da dívida, não penaliza os bancos, e mantém as políticas nefastas de cortes de gastos sociais e reformas neoliberais, como a previdenciária e as privatizações.

O Jornal O Globo traz a fala de um professor grego sobre a redução da dívida da Grécia:

Eu não me sinto salvo. Os bancos não estão pagando para nós hoje. Eles estão apenas retornando uma parte do lucro que obtiveram de nós todos esses anos.”

A Folha Online mostra que a Grécia estará sujeita a uma supervisão permanente feita por uma delegação da União Européia, e que os bancos poderão receber dinheiro público para se ressarcirem das “perdas” com a redução da dívida grega.

O Portal Esquerda.net, de Portugal, traz o artigo “Salvar a Europa sem ter em conta as pessoas?”, mostrando que serão mantidas e aprofundadas as políticas nefastas neoliberais, sempre para continuar permitindo o pagamento da dívida. O artigo divulga a iniciativa pela Auditoria Cidadã da Dívida impulsionada pela organização ATTAC – França, com o portal http://www.audit-citoyen.org/ .

O Jornal Estado de São Paulo traz a opinião de Eric Toussaint, do Comitê pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo, que recentemente participou do recente Seminário Internacional “Alternativas de Enfrentamento à Crise”

Toussaint fala sobre a continuidade das medidas neoliberais na Grécia: “a recessão, que diminui as receitas fiscais, vai continuar devido às medidas de austeridade. No caso da moratória argentina, em 2001, o país fez o contrário: aumentou os salários e criou programas sociais de renda para estimular o crescimento econômico, o que permitiu uma saída mais rápida da crise
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