Quinta, 27 de outubro de 2011
E lá se vai mais um ministro da Dilma herdado de Lula. Coincidentemente,
todo mundo que o mentor deixou pra ela foi pego com a boca na botija.
Mas o que fico a pensar é o por quê de estes senhores resolverem se
prestar ao papel de inocentes, que, realmente, não lhes cabe.
1) Precisava Orlando Silva se desmoralizar nacionalmente ao resistir às
denúncias? Não seria mais prático renunciar imediatamente e dizer que
voltaria quando inocentado fosse se inocente fosse?
2) Precisava o Partido Comunista do Brasil desmoralizar-se nacional e
internacionalmente por causa de um ministro de caráter duvidoso? Não
seria mais prático exigir sua renúncia à primeira denúncia e preservar o
Ministério para o PCdoB? Agora, talvez não dê mais, pois o partido já
mostrou que é igual ao ministro e vice-versa...
3) Precisava matar o sonho de tantas pessoas, principalmente jovens
militantes, que acreditavam na honestidade de princípios socialistas?
Talvez a maior morte que tenha ocorrido neste episódio é a morte dos
sonhos dos mais jovens...
4) Precisava o Sr. Lula continuar a sua insana tarefa de manchar sua
biografia defendendo mais uma pessoa suspeita das piores falcatruas? Não
seria mais inteligente tomar distância dizendo que não é mais
presidente e, por isso, não podia deitar falação sobre o caso?
5) Precisava o Sr. Lula se meter no caso como se eminência parda fosse,
pessoa que está atrás do poder, desmoralizando a Presidenta da
República, colocando-a na posição de fantoche, de boneco mamulengo?
6) E a Presidenta? Precisava demorar tanto tempo diante de denúncias tão graves?
E, aí, voltamos à pergunta inicial: é arrogância ou oligofrenia?
Se for arrogância, é quase que normal em se tratando dos altíssimos cargos que as pessoas ocupam. PODE SER CORRIGIDA.
Se for oligofrenia, que é o que desconfio, NÃO TEM JEITO. Vão errar,
errar e errar até serem todos escorraçados do poder, ou por renúncia, ou
por impeachment ou nas urnas, que é o que seria mais legal para a gente
poder continuar neste clima democrático que tanto lutamos para
implantar, derrotando a ditadura dos generais, almirantes e brigadeiros.