Segunda, 24 de outubro de 2011
Do jornal O Estado de S. Paulo
Dinheiro público. Verba do ministério, em crise por conta
de irregularidades na ação Segundo Tempo, também irrigou contas de
empresas de fachada ou sem relação com produtos vendidos para o Pintando
a Cidadania; Wadson Ribeiro (PC do B) assinou convênios
Leando Colon, o Estado de S. Paulo
Dezenas de cheques de um convênio do Ministério do
Esporte mostram que o descontrole no uso do dinheiro público não atinge
só o programa Segundo Tempo. Pelo menos R$ 1,3 milhão do ministério foi
parar no ano passado na conta de empresas fantasmas ou sem relação com o
produto vendido para o programa Pintando a Cidadania.
Há cheques, por exemplo, de R$ 364 mil, R$ 311 mil, R$ 213 mil, R$
178 mil, R$ 166 mil e R$ 58 mil. O dono de uma empresa destinatária dos
cheques disse ao Estado que desconhece o que foi vendido, alegando ter "arranjado" a nota fiscal para um amigo receber dinheiro do ministério.
No dia 31 de dezembro de 2009, o secretário de Esporte Educacional,
Wadson Ribeiro, assinou convênio de R$ 2 milhões com o Instituto
Pró-Ação, com sede em Brasília. Ex-presidente da UNE e filiado ao PC do
B, Wadson é homem de confiança do ministro Orlando Silva e assinou, nos
últimos anos, boa parte dos convênios sob suspeita. Segundo o Portal da
Transparência, o convênio com a Pró-Ação foi encerrado em abril deste
ano e está em fase de prestação de contas.
O Pintando a Cidadania atua em parceria com outros projetos do
ministério. para "fomentar a prática do esporte por meio de distribuição
gratuita de material esportivo e promover a inclusão social de pessoas
de comunidades reconhecidamente carentes".
Leia a íntegra da reportagem.
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Comentário do Gama Livre: Enquanto organizações como a Pintando a Cidadania pintam o sete com o dinheiro do povo, a "faxineira" do Planalto nem pra dar uma vassourada no ministro.