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(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Estudantes da USP são expulsos por ocupação de prédio

Segunda, 19 de dezembro de 2011
Da Agência Pulsar

Seis estudantes da Universidade de São Paulo (USP) foram expulsos por terem participado da ocupação da Coordenadoria de Assistência Social em março. Eles reivindicavam a melhoria nas condições de moradia e o aumento de vagas no conjunto residencial.


A decisão do reitor da Universidade, João Grandino Rodas, foi publicada no Diário Oficial do estado neste sábado (17). Dois outros alunos, que já não estudavam lá, também foram expulsos. Eles estão impedidos de estudar ou trabalhar na Universidade. A punição se baseia em um decreto da ditadura militar que ainda vigora na USP.


Hoje à tarde ocorre uma manifestação na reitoria da Universidade para protestar contra a expulsão dos alunos. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Amanda Freire de Souza, uma das estudantes expulsas, classifica a ação como uma “perseguição política”.

Ela, que era diretora da Associação de Moradores do Conjunto Residencial da Universidade de São Paulo (Crusp), não estava presente na Assembleia que decidiu pela ocupação do prédio. A aluna afirma que os estudantes que moram no alojamento têm suas vidas constantemente vigiadas.

A ocupação do bloco de Assistência Social lembra o episódio ocorrido em novembro, quando estudantes ocuparam o prédio da Reitoria. Os manifestantes eram contra a presença da Polícia Militar no campus, por considerá-la truculenta. Em Assembleia, decidiram iniciar uma greve estudantil.

Ainda hoje também ocorrerá uma reunião com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em São Paulo. Os estudantes vão entregar uma carta assinada pelo juiz e professor da Faculdade de Direito da USP, Jorge Souto Maior, e por representantes de movimentos sociais. O documento denuncia a repressão e a criminalização dos movimentos sociais. (pulsar)