Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 3 de dezembro de 2011

IstoÉ: Qual a saída para Lupi

Sábado, 3 de dezembro de 2011
Da revista IstoÉ 
Recomendação da Comissão de Ética não foi suficiente para tirar o Ministro do Trabalho do cargo. Falou mais alto a influência que ele exerce sobre o PDT . Mas, no governo, Carlos lupi já é considerado página virada 

Claudio Dantas Sequeira e Izabelle Torres
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SOBREVIDA
Por controlar 75% da bancada do PDT na Câmara, Lupi vai se mantendo no cargo

Alvo de uma decisão inédita da Comissão de Ética da Presidência da República, que recomendou ao Palácio do Planalto sua demissão por violação de conduta, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, resistiu mais um tempo no cargo. A duras penas. Convocado pela presidenta Dilma ­Rousseff a explicar as novas denúncias de duplo emprego, Lupi pediu prazo para provar inocência. Mas sua validade está se esgotando. Esperava-se que ele caísse, porém Dilma contrariou as expectativas, surpreendendo a oposição, o PT e outros partidos da base aliada, que não foram poupados em episódios anteriores. Enquanto outros seis ministros tombaram, Lupi ganha sobrevida, embora pesem contra ele acusações graves (leia o quadro). Desde agosto, ISTOÉ vem denunciando a cobrança de propina na Secretaria de Relações do Trabalho para a liberação de cartas sindicais. Agora se sabe que Lupi, acusado de acumular ilegalmente salários da Câmara dos Deputados e do gabinete de um vereador, também recebia como funcionário da Prefeitura do Rio de Janeiro. ISTOÉ teve acesso a seus contracheques, o último deles, inclusive, é de março de 2007 – mês em que assumiu a função de ministro de Estado.