Domingo, 18 de dezembro de 2011
“O capitalismo só triunfa quando se identifica com o estado, quando é o estado”
Fernand Braudel, “O Tempo do Mundo”, Editora Martins
Fontes, SP, p: 34
________________________Por José Luis Fiori
O “debate desenvolvimentista” latino-americano não teria nenhuma
especificidade se tivesse se reduzido à uma discussão macro-econômica
entre “ortodoxos”, neo-clássicos ou liberais, e “heterodoxos”,
keynesianos ou estruturalistas. Na verdade, ele não teria existido se
não fosse por causa do estado, e da discussão sobre a eficácia ou não da
intervenção estatal, para acelerar o crescimento econômico, por cima
das “leis do mercado”. Até porque, na América Latina como na Ásia, os
governos desenvolvimentistas sempre utilizaram políticas ortodoxas,
segundo a ocasião e as circunstancias, e o inverso também se pode dizer
de muitos governos europeus ou norte-americanos ultra-liberais ou
conservadores que utilizaram em muitos casos, políticas econômicas de
corte keynesiano ou heterodoxo. O pivot de toda a discussão e o
grande pomo da discórdia sempre foi o estado, e a definição do seu
papel no processo do desenvolvimento econômico.
Leia a íntegra do artigo A miséria do "novo desenvolvimentismo".