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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Governos europeus já gastaram 1,6 trilhões de euros para salvar bancos

Quinta, 15 de dezembro de 2011
Da "Auditoria Cidadã da Dívida"
 O Jornal português Diário Econômico mostra que os governos europeus já gastaram 1,6 trilhão de euros com o salvamento de bancos privados. Tal quantia é 6 vezes maior que o valor utilizado nos pacotes de “ajuda” do FMI e da União Européia aos países endividados.

Tal dado mostra, mais uma vez, a verdadeira causa deste endividamento público: o salvamento dos bancos privados, que agora ainda têm a coragem de cobrar dos governos severas reformas neoliberais, com cortes de direitos e gastos sociais, para permitir o pagamento desta questionável dívida.

Cabe ressaltar que tal valor de 1,6 trilhão de euros ainda deve estar subestimado, pois, ao que parece, não foram computados os empréstimos generosos concedidos pelo Banco Central Europeu aos bancos privados, com taxas de juros baixíssimas.

Este é mais um motivo para que as dívidas dos países europeus sejam submetidas a uma ampla e profunda auditoria. Neste sentido, a coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, participa neste momento de várias atividades sobre a criação de pólos de Auditoria Cidadã da Dívida na Europa. Na França e Bélgica os eventos estão sendo organizados pelo Comitê pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM), em conjunto com entidades da sociedade civil européia. Posteriormente, no dia 16/12, na Itália, a Universidade Sapienza de Roma organiza um importante seminário sobre o endividamento público internacional e seu impacto sobre os direitos humanos. Em Portugal, será realizada no dia 17 de dezembro a Convenção de Lisboa, organizada pela Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida.

Todas as apresentações estão sendo divulgadas na seção "palestras" da página da Auditoria Cidadã da Dívida na internet.

Enquanto isso, no Brasil, também prossegue a realização de reformas neoliberais: a Agência Câmara mostra que foi marcada para fevereiro de 2012 a votação do Projeto de Lei 1992/2007, que privatiza a previdência dos servidores públicos, entregando-a ao setor financeiro. 

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