Terça, 10 de janeiro de 2012
Da Agência Brasil
A inadimplência do consumidor brasileiro no ano passado foi 21,5% maior do que em 2010, segundo a empresa de consultoria Serasa Experian. Esta foi a maior elevação anual verificada desde 2002, quando houve um crescimento de 24,7% ante 2001.
A inadimplência do consumidor brasileiro no ano passado foi 21,5% maior do que em 2010, segundo a empresa de consultoria Serasa Experian. Esta foi a maior elevação anual verificada desde 2002, quando houve um crescimento de 24,7% ante 2001.
O valor médio dos débitos não bancários, como cartões de crédito,
financeiras e lojas em geral, apresentou uma queda de 17,3% em 2011 ante
2010, passando de R$ 387,55 para R$ 320,63. As dívidas com bancos
tiveram redução de 0,7% e ficaram em R$ 1.302,12, valor ligeiramente
abaixo dos R$ 1.311,71 registrados no ano anterior.
Já os títulos protestados e cheques sem fundos fizeram o movimento
contrário e apresentaram elevação em seus valores médios de um ano para o
outro, com altas de 16% e 8,4% respectivamente. Os protestos subiram de
R$ 1.183,50 para R$ 1.372,86 e os cheques passaram de R$ 1.254,44 para
R$ 1.359,19.
No comparativo mensal, o número de pessoas que não honraram suas
dívidas caiu 2,5% em dezembro ante novembro. Se considerado o mesmo mês
do ano anterior, o indicador apresentou alta de 13,1%.
Segundo os economistas da Serasa, o aumento da inflação reduziu o
rendimento do trabalhador e os juros ainda elevados afetaram a
capacidade de pagamento do consumidor diante de um endividamento
crescente em 2011. Eles destacam que o acumulo de dívidas, de médio e
longo prazos, vem desde 2010, ano em que as condições de crédito e do
orçamento do consumidor foram mais favoráveis do que em 2011.