Sábado, 25 de fevereiro de 2012
Do Estadão
Acidente ocorreu em dezembro e foi mantido em sigilo para evitar repercussão internacional
Sergio Torres, de O Estado de S. Paulo
RIO - Uma chata (embarcação de fundo chato usada para
transporte de carga) rebocada pela Marinha afundou em dezembro no
litoral da Antártida com uma carga de 10 mil litros de óleo combustível.
Poluente, o produto não vazou, mas está a 40 metros de profundidade e
a 900 metros da praia onde fica a Estação Antártica Comandante Ferraz,
base brasileira no continente. Um compartimento dentro da embarcação
armazena o diesel.
O naufrágio vem sendo mantido em sigilo tanto pela Marinha quanto
pelos ministérios que integram o Programa Antártico Brasileiro
(Proantar) – Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia, Relações Exteriores e
Minas e Energia e Defesa. Não houve vítimas no acidente.
O Brasil é signatário de tratados de preservação ambiental na Antártida e, portanto, se comprometeu a não poluir o continente.
Sem divulgação oficial por parte do governo, chega na próxima semana à
Baía do Almirantado, onde a chata foi a pique, os navios de socorro
Felinto Perry, da frota da Marinha, e Gulmar Atlantis, contratado pela
Petrobrás. O Felinto Perry é especializado em resgate de submarinos,
além de outras operações complexas.
Mergulhadores da Petrobrás, treinados para atuar em acidentes que
envolvem vazamentos nas estruturas de exploração e produção de petróleo,
participarão da tentativa de resgate. Leia a íntegra