Quinta, 5 de abril de 2012
Grampos mostram que diretor do DFTrans, na gestão Agnelo Queiroz,
negociou com contraventores contrato que renderia R$ 60 mi ao mês
Fábio Fabrini e Rosa Costa, de O Estado de S.Paulo
Grampos da Polícia Federal indicam que um
integrante do governo Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal (DF),
participou de uma operação para direcionar um contrato milionário, de
até R$ 60 milhões por mês, ao grupo do contraventor Carlos Augusto
Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apontado como o chefe da máfia dos
caça-níqueis em Goiás e no DF.
Diálogos interceptados na Operação Monte Carlo evidenciam que Milton
Martins de Lima Junior, diretor financeiro e administrativo do DFTrans,
órgão que gerencia o transporte público do governo do DF, negociou com
os contraventores para que a organização obtivesse a concessão para a
bilhetagem eletrônica dos ônibus. A PF suspeita de eventual pagamento de
propina. O diretor nega. As conversas, gravadas em junho de 2011,
mostram Cachoeira orientando um de seus principais aliados, Gleyb
Ferreira da Cruz, a negociar o contrato com o governo do DF.
O objetivo era firmar sociedade com a Delta Construções, empresa
suspeita de participação no esquema, para explorar o serviço. Dias
antes, o governo do DF havia assumido a bilhetagem eletrônica, antes a
cargo dos empresários do setor, e buscava um parceiro privado para
operá-la. Leia a íntegra no Estadão