Quinta, 5 de abril de 2012
A suspeita da Polícia Federal de que as interceptações ilegais, feitas
pelo grupo do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlos Cachoeira, atingem
jornalistas e políticos, indignou o deputado Fernando Francischini
(PSDB-Paraná) que pretende reforçar seu requerimento que pede a abertura
de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o
bicheiro e suas contravenções.
Francischini vai pedir a convocação de Cachoeira na Comissão de
Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, da Câmara dos
Deputados, para que, em audiência pública naquela Comissão, Cachoeira
explique-se. O deputado Fernando Francischini é uma das vítimas das
quebras ilegais de sigilo investigadas na operação Monte Carlo,
deflagrada pela PF no mês passado e que aponta Cachoeira como líder de
um grupo que explorava jogo ilegal e pagava propinas a agentes públicos e
tinha interesses em licitações nos governos de Goiás e Distrito
Federal. ”A quebra ilegal do sigilo de um Parlamentar que fiscaliza o
uso do dinheiro público é uma afronta à democracia brasileira, ainda
mais quando aparelhada pelo próprio Governo”, disse Francischini.
Segundo a investigação, uma empresa de um agente aposentado da Polícia
Federal, Joaquim Gomes Thomé Neto, entregava relatórios com e-mails
interceptados, dentre eles os e-mails do deputado do Paraná, o tucano
Fernando Francischini. A empresa foi um dos alvos de busca e apreensão
durante a operação. “Não me preocupo com a divulgação dos meus sigilos,
pois sou um homem público e não tenho telhado de vidro”, afirmou
Francischini.
Fontes: Assessoria de Comunicação do deputado Fernando Francischini - 05/04/2012
Blog do Sombra