Terça, 1 de maio de 2012
Carlos Newton*
Como diz o ditado, quem tem padrinho não morre pagão. O governador do
Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), está seguindo o exemplo do então
presidente Lula na crise do Mensalão e também diz que não sabia de nada.
Só que seu padrinho Lula não quer nem ouvir falar no nome de Sergio
Cabral e dá as maiores desculpas para não atender aos telefonemas dele.
Fugindo da imprensa e se manifestando através de notas de sua
assessoria, Cabral disse que “jamais imaginou” que a Delta Construções –
que faturou R$ 1,5 bilhão em contratos com o governo estadual em cinco
anos – “fizesse negócios com um contraventor no Centro-Oeste
brasileiro”.
A declaração foi divulgada pela assessoria de imprensa do governo no
segundo dia em que o deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) publicou
imagens em seu blog que mostram momentos de intimidade entre Cabral e o
dono da Delta, Fernando Cavendish.
Cabral, que tentou evitar a formação da CPI, agora pensou (?) que
suas palavras iriam diminuir o escândalo, mas o efeito foi contrário.
Mas quem pode acreditar em Cabral? Quem pode acreditar num governador
que mandou redigir um Códido de Ética para tentar aprender o que é certo
ou errado na vida pública? É muita desfaçatez.
*Fonte: Tribuna da Internet