Sexta, 18 de maio de 2012
Da Agência Brasil
Renata Giraldi*
As autoridades do Chile recusaram conceder asilo político ao ex- juiz argentino Otilio Romano, acusado de 103 crimes contra a humanidade, no período da ditadura da Argentina (1976-1983). O ex-juiz passou pela fronteira da Argentina com o Chile, em agosto de 2011, antes de perder a sua imunidade judicial.
As autoridades do Chile recusaram conceder asilo político ao ex- juiz argentino Otilio Romano, acusado de 103 crimes contra a humanidade, no período da ditadura da Argentina (1976-1983). O ex-juiz passou pela fronteira da Argentina com o Chile, em agosto de 2011, antes de perder a sua imunidade judicial.
A decisão foi tomada pelo governo do presidente do Chile, Sebastián
Piñera. O porta-voz da Presidência da República do Chile, Andres
Chadwick, disse que o pedido de asilo político de Romano foi negado por
“uma comissão de asilo especial” composta por vários integrantes do
governo.
Romano é acusado de usar confissões obtidas por meio de torturas como
provas contra opositores do regime militar e rejeitar pedidos de habeas corpus feitos por suas famílias à junta militar. Há relatos de que os documentos desapareciam ao chegar a Romano.
O ex-juiz também é acusado de proteger os militares acusados de terem
cometido crimes. O julgamento de Otilio Romano, que negou as acusações,
alegando perseguição política na Argentina, é aguardado até dezembro.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.