Quinta, 4 de maio de 2012
Da Agência Brasil
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
O ex-presidente do Peru Alberto Fujimori (1990-2000), que
cumpre pena de prisão por denúncias de corrupção e desvio de recursos
públicos, é acusado por um grupo de mulheres de esterilização forçada e
sem consentimento, no período de 1996 a 2000, em diversas cidades
peruanas, na região de Cuzco.
Há indicações de que cerca de 300 mil mulheres foram esterilizadas
no período, por meio de ações do governo. Pelo menos 2.074 mulheres
disseram ter sido forçadas às cirurgias.
As mulheres movem uma ação judicial contra Fujimori, com o apoio da
deputada Hilaria Supa (Partido Nacionalista Peruano), que integra a base
de governo do presidente Ollanta Humala.
A deputada e a organização não governamental Associação de Mulheres
Afetadas pelas Esterilizações Forçadas de Cuzco apresentaram à Justiça
local uma ação com mais de 3 mil páginas. Nela, as mulheres disseram ter
reunido provas dos casos que indicam a responsabilidade de Fujimori.
As denúncias das mulheres foram alvos de investigação policial e do
Ministério da Saúde do Peru em 2002. Segundo as autoridades, 18
mulheres morreram devido às intervenções cirúrgicas feitas durante o
governo de Fujimori. De acordo com as investigações, os alvos eram as
mulheres mais pobres das áreas rurais do país.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto