Sexta, 22 de junho de 2012
Da Agência Brasil
Daniella Jinkings, repórter
Os advogados de Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do
governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), acionaram o Supremo
Tribunal Federal (STF) para garantir que seu cliente fique em silêncio
durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do
Cachoeira.
Monteiro foi convocado para depor na CPMI na próxima quinta-feira (28).
Ele é citado em uma gravação da Operação Monte Carlo, da Polícia
Federal (PF), em conversa com pessoas ligadas a Cachoeira. Quando as
denúncias foram divulgadas na imprensa, Monteiro se afastou do cargo.
As gravações da PF também apontam que Monteiro seria um dos
beneficiados pelos aparelhos celulares via rádio, comprados por
Cachoeira e distribuídos, de acordo com a Polícia Federal, a pessoas que
faziam parte da organização.
O pedido de habeas corpus protocolado no STF foi remetido ao
ministro Cezar Peluso. De acordo com o advogado do ex-chefe de gabinete,
Sandro Rogério Monteiro, além de garantir o direito de permanecer
calado, Cláudio Monteiro também quer consultar seus defensores durante o
depoimento.
“O habeas corpus tem como objetivo garantir que ele esteja
acompanhado dos advogados [durante o depoimento à CPMI], ser tratado com
urbanidade e ter o direito de permanecer calado. Tivemos diversos casos
de parlamentares que se exaltaram durante os depoimentos”, disse o
advogado.