Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 23 de junho de 2012

Brasil foi 'desesperado', diz Greenpeace

Sábado, 23 de junho de 2012
Do jornal "O Estado de S. Paulo"

'Fracasso' não se deve exclusivamente à posição do País ou da ONU, segundo ONG

Herton Escobar, enviado especial
O "fracasso" da Rio+20 não pode ser atribuído exclusivamente ao Brasil nem à ONU. Mas a posição "desesperada" do Brasil de "fechar um documento a qualquer custo" colocou a conferência no rumo do "menor denominador comum", na opinião do sul-africano Kumi Naidoo, diretor executivo do Greenpeace Internacional.
Ele foi um dos 36 representantes da Cúpula dos Povos – evento paralelo à Rio+20 que ocorreu no Aterro do Flamengo – que se encontrou com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, nesta sexta-feira, 22.

A ONU vetou a entrada de jornalistas no encontro e fez um cordão de isolamento na frente da sala, para evitar que Ban fosse abordado na saída. O sul-coreano saiu do local sem falar com a imprensa.

Segundo relatos de Naidoo e outras pessoas que estiveram na reunião com o secretário-geral da ONU, Ban ouviu as preocupações com o "fracasso" da conferência, mas manteve o discurso de que os resultados da Rio+20 são significativos e ambiciosos.

Na quarta-feira, o sul-coreano havia afirmado em uma entrevista coletiva que concordava com a percepção geral de que o documento final da conferência poderia ser mais "ambicioso". Na quinta, porém, voltou atrás e mudou o discurso, após ser pressionado pelo Brasil. Leia a íntegra