Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Como são feitas as reformas neoliberais pelo mundo, especialmente na América Latina

Quarta, 15 de agosto de 2012
 
Somos maiores que los hermanos. Nosso mensalão foi maior que o promovido pelo sujeito da foto acima e que governou  a Argentina.

Fernando de la Rúa, ex-presidente da Argentina de 1999 até 2001, quando renunciou, sentou ontem (14/8) no banco dos réus. É acusado de mensalão, de ter pagado propina para que senadores argentinos traíssem seu país, votando pela aprovação das absurdas medidas sugeridas pelo FMI, especialmente a canalha reforma trabalhista.

Muita grana, como acontece em outras partes do mundo. Parlamentares comprados para que aprovem o arrocho contra trabalhadores, medidas que beneficiam apenas os banqueiros, os poderosos, os “credores” externos.

Na Argentina o caso  das “reformas” foi mais visível no famoso “corralito”, confisco bancário das economias dos argentinos (aqui quem fez confisco da poupança do brasileiro é hoje posudo senador da República). Lá —sem trocadilho— o presidente foi para a rua, renunciou não só pelo escândalo, mas também pelo total fracasso do remédio sugerido pela banqueirada defendida pelo FMI.  Está no banco dos réus e, se condenado, irá para o xilindró, onde passará uns seis anos. Lá, diferente de cá, ex-presidente é encarcerado. Não tem essa de ser poupado.