Quarta, 23 de agosto de 2012
Do Sinpol
Categoria delibera greve por sete dias, a partir das 8 horas desta quinta-feira (23)
Diante
da demora do governo em atender os pleitos dos Policiais Civis, ocorreu
nesta quarta-feira (22), assembleia da categoria, no estacionamento nº 6
do Parque da Cidade. O presidente do Sinpol, Ciro de Freitas e os
vice-presidentes Luciano Marinho e André Rizzo, iniciaram a assembleia
informando que o Ministério do Planejamento (MPOG) adiou novamente a
reunião que estava agendada para esta terça-feira (21), não redefinindo
outra qualquer data, de modo que o governo não deixava outra saída para a
categoria a não ser reagir ao descaso.
Em seguida, o presidente Ciro de
Freitas falou sobre o andamento dos pleitos, como aumento de quadro, e
que o MPOG acenou com possibilidade de previsão orçamentária, com
incremento dos novos cargos, conforme estudo encaminhado, a ser
implementado ao longo dos próximos anos, de forma progressiva.
Quanto a transformação/renomeação do
cargo de agente penitenciário, o presidente informou que há proposta do
Governo Federal, de lotação dos agentes penitenciários na estrutura
orgânica da Polícia Civil do DF e já foi dado os encaminhamentos para
efetivação.
Ciro de Freitas aproveitou a ocasião
para informar aos escrivães presentes, que aconteceram duas reuniões
para tratar de uma nova escala diferenciada para a categoria, mas que a
Direção Geral da PCDF se comprometeu em não efetivar qualquer situação,
sem consultar as entidades representativas e os escrivães.
Já em relação ao plano de saúde
subsidiado, Ciro de Freitas disse que é vergonhoso um Estado que não
cuida de seus policiais, que mesmo no cumprimento do dever, têm de arcar
com os custos de sua saúde. O segundo vice-presidente, André Rizzo,
voltou a afirmar há como o plano ser implementado, mediante gestão do
Diretor Geral da PCDF, Jorge Xavier, junto ao governador do DF, Agnelo
Queiroz, pois há legislações pertinentes aos servidores da PCDF, que
permitem o ato. Para Rizzo, “é uma questão de boa vontade política para
que o plano de saúde subsidiado se torne realidade”.
Logo depois o vice-presidente, Luciano
Marinho, mencionou que propostas oferecidas a outras carreiras, de 15,8%
de reajuste, parcelado em três anos é uma afronta. “Tenho certeza que
nenhuma categoria irá aceitar essa oferta e nós também não”, avaliou.
Marinho ressaltou ainda que a Polícia Civil do DF não depende da Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO), pois a Segurança Pública do DF possui
fundo próprio. “Estamos dispostos a lutar e não aceitaremos imposições”,
acrescentou.
Ciro de Freitas complementou que caso
seja oferecido o mesmo percentual de 15,8%, a categoria não aceitará e
irá endurecer os movimentos contra a política de arrocho salarial do
governo federal. “Esse valor sequer repõe as perdas inflacionárias e o
governo federal se colocou em rota de colisão com o serviço público,
deixando claro que o funcionalismo não é prioridade”.
O Secretário de Regularização de
Condomínios, Wellington Luiz, reafirmou mais uma vez seu apoio à
categoria e lembrou de sua história em defesa dos policiais civis, que
foi marcada por muitas vitórias. Ele disse ainda que tem estado presente
em todas as ações que dizem respeito à PCDF e que mesmo na condição de
Secretário, não abre mão de suas convicções. Ele parabenizou ainda os
policiais que no dia 8 de agosto deram uma demonstração de força e
união, ao ir para as ruas em passeata e lutar por seus direitos.
Ao final, conforme as propostas
apresentadas pelos policiais que fizeram uso da palavra a categoria
deliberou por greve por tempo determinado de sete dias, contados a
partir desta quinta-feira (23), às 8h. Ficou definido ainda que haverá
reunião com os representantes sindicais nesta sexta-feira (24), às 15h,
na sede da entidade e nova assembleia na próxima segunda-feira (27), às
15h, no Parque da Cidade.
Em razão do que deliberou a categoria, o
Sinpol informa que todos os policiais devem se comprometer em oferecer
anteparo no recebimento e encaminhamento das demandas que chegam aos
balcões das delegacias, ocasião em que deverão esclarecer a população
sobre a real situação dos servidores da PCDF e os motivos que fizeram
desencadear a paralisação das atividades policiais.
O Sinpol solicita aos policiais que se
mantenham mobilizados e atentos às orientações do Manual de Paralisação
das atividades da PCDF, o qual será encaminhado via e-mail para todos os
sindicalizados.