Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

STF julga mensalão; 12º dia: Relator vota pela absolvição de Luiz Gushiken

Segunda, 20 de agosto de 2012
Flávia D’Angelo, João Coscelli e Eduardo Bresciani, de O Estado de S.Paulo
No segundo dia da leitura de seu voto, o relator da Ação Penal 470, do mensalão, Joaquim Barbosa pediu a condenação dos réus Henrique Pizzolato pelos crimes de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Já Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach tiveram o pedido de condenação pela coautoria nos crimes peculato e corrupção ativa. Barbosa votou ainda pela absolvição de Luiz Gushiken por falta de provas. Em relação ao fatiamento do processo, questionado por uma petição das defesas dos réus, a Corte decidiu que haverá rodadas de votação e que cada ministro lerá o seu voto conforme a ordem lida por Barbosa. O presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, decretou a continuidade do processo na quarta-feira, 22, com a leitura do voto do revisor Ricardo Lewandowski.

Barbosa iniciou a sessão com a análise da relação entre o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e as empresas de Marcos Valério, acusado do ser o executor do mensalão. Com base em laudos de perícia, o relator afirmou que a agência DNA, do publicitário Marcos Valério, usou notas frias para justificar ações para o Banco do Brasil em montante compatível com os recursos recebidos de forma antecipada do fundo Visanet. Barbosa afirma que o desvio de recursos públicos foi a base do mensalão e que os empréstimos feitos por Valério nos bancos Rural e BMG tentavam ocultar essa origem. Leia a íntegra