Sexta, 30 de novembro de 2012
Weber Holanda teria cometido irregularidades em outros cargos; advogado-geral da União não vê crimes em conduta
BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, admitiu
ontem que chamou o ex-adjunto José Weber de Holanda para trabalhar em
sua equipe mesmo sabendo de investigação contra o auxiliar por supostas
irregularidades cometidas em cargos anteriores. Em entrevista de mais de
uma hora, concedida antes de audiência com a presidente Dilma Rousseff,
ele disse que, na condição de assessor direto, Weber falava em seu nome
na AGU, embora não tivesse licença para "extrapolar". Ele afirmou que
não viu crime na conduta de Weber, indiciado pela PF na Operação Porto
Seguro.
Ao avaliar a conduta do auxiliar, Adams disse que houve excesso, mas
não um crime. "O que parece é que, de fato, ele extrapolou, quando
encaminhou os pareceres para análise do doutor Paulo (Vieira, ex-diretor
da ANA). "Não necessariamente, isso é crime, mas eu acho algo
reprovável", completou.