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(Millôr Fernandes)

sábado, 26 de janeiro de 2013

Estudo descobre que 4% do território de Santa Catarina são cobertos por florestas que estão se regenerando

Sábado, 26 de janeiro de 2013
Carolina Gonçalves Repórter da Agência Brasil
Um levantamento de campo que durou quatro anos para ser concluído mostrou que, além do que já se conhecia de florestas existentes no estado de Santa Catarina, outros 4% do território catarinense também estão cobertos por florestas que estão se regenerando. A coleta e análise dos dados no estado funcionaram como um projeto experimental que será ampliado agora para todo o país.

A expectativa é que, até 2016, todas as informações detalhadas das florestas brasileiras, como o volume de cobertura do território, a qualidade dos solos, as espécies de árvores, de animais e flora estejam relacionadas em um inventário nacional. Com este tipo de material minucioso será possível repensar políticas públicas que hoje são voltadas para a conservação da biodiversidade e para o uso econômico destas áreas, mas que foram elaboradas com informações pouco precisas.

O Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina foi feito entre 2007 e 2011 pelo Serviço Florestal Brasileiro, Fundação de Amparo à Pesquisa  e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Universidade Federal de Santa Catarina,  Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), Universidade Regional de Blumenau (Furb) e governo de Santa Catarina.
No caso de Santa Catarina, dados anteriores, detectados por satélites, apontavam que a cobertura florestal remanescente em Santa Catarina alcançava 29% do território. Mas, quando analisaram pessoalmente as áreas, os pesquisadores descobriram que existe vegetação pioneira e formações florestais em estágio inicial de regeneração em outros 2% a 4% do território catarinense.
“Normalmente o pessoal mapeia vegetação usando imagens de satélite e isto tem dois problemas. Um deles é o tamanho do pixel [distancia de pontos identificados nas imagens], que é relativamente grande, e outro a vegetação quando é fragmentada em áreas pequenas de florestas não entra na conta”, disse Daniel Piotto, gerente executivo de Informações Florestais do Serviço Florestal Brasileiro.
Segundo Piotto, o inventário feito no campo permite a observação destas áreas menores. “As florestas se regeneram rapidamente. Áreas que foram desmatadas antes ou usadas para plantio de soja ou milho e foram abandonadas se regeneram em cinco anos. No mapeamento que tínhamos antes não incluía muitas destas áreas”, acrescentou.