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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O dominicano Frei Carlos Josaphat será cidadão honorário de Brasília

Quinta, 7 de fevereiro de 2013
Autoria da foto: jornalista Christiane Soares Ribeiro
Projeto de decreto legislativo apresentado nesta quinta-feira pela deputada Luzia de Paula na Câmara Legislativa do Distrito Federal, propõe a concessão do Título de Cidadão Honorário de Brasília ao frei dominicano Carlos Josaphat, mineiro de Abaeté, é jornalista, teólogo, escritor, professor emérito da Universidade de Friburgo, na Suíça. Tornou-se conhecido por suas posições no campo social na década de 1960. Por ocasião do golpe militar de 1964, foi "convidado" a deixar o Brasil. Doutorou-se em Teologia em Paris, com uma tese sobre ética da comunicação social. Tem-se empenhado, especialmente, no confronto do cristianismo com a civilização técnico-científica e nos problemas de justiça social. É autor de diversos livros, entre os quais, Ética e mídia, liberdade, responsabilidade e sistema, publicado por Paulinas Editora, em 2006.


Carlos Josaphat deixou Abaeté aos 12 anos para estudar no Seminário Menor de Diamantina, terra de Juscelino – como ele gosta de dizer. Depois de Diamantina foi para Petrópolis, fazer os estudos de filosofia e teologia, até a Ordenação Sacerdotal em 08 de dezembro de 1945. Nesse momento o Brasil retomava os caminhos da democracia pelas eleições. Em seguida fez um estágio ensinando humanidades no Colégio do Caraça MG, nos idos de 1946. Em 1947/48 ensinou Teologia no Seminário histórico de Mariana também em MG. Em 1949/50 passou a ensinar no Nordeste, especialmente em Fortaleza e Recife. Nesta última cidade, o jovem sacerdote conheceu e teve o primeiro contato com o também jovem professor Paulo Freire, no antigo Colégio Oswaldo Cruz (de propriedade dos pais da segunda esposa de Paulo Freire, Ana Maria Araújo Freire).

O Senhor Aluísio Araújo e a esposa Genove acolheram Paulo Freire como bolsista quando este perdera o pai, e depois, quando Paulo Freire já era Professor no mesmo colégio, acolhera também o jovem sacerdote (Frei Carlos) como Capelão e Professor de Catequese. Debaixo de uma mangueira, no terreiro do Colégio, aos domingos, Dona Genove e o Senhor Aluísio reuniam sua família, seus 9 filhos e muitas vezes também Frei Carlos e Paulo Freire, para um almoço, e esse era o começo de o que viria a ser uma grande amizade. Nessa fase Frei Carlos interrompeu o ensino de Teologia que não parecia corresponder ao sistema excessivamente conservador do Seminário onde se formava o clero de então.

Em 1951/52 Frei Carlos Josaphat foi enviado ao Paraná, à cidade de Irati, para ensinar simplesmente Português e Latim. Nesse momento, para ser fiel aos ideais de renovação da igreja e ao empenho de promoção social de nosso país, tomou a decisão de ser Frade Dominicano. Fazendo profissão solene nesta ordem em julho de 1953.

No mesmo ano, de comum acordo com as orientações dominicanas, partiu para a França, em vista a aprimorar os seus estudos e a sua cultura. Já era o segundo semestre de 1953 e lá permaneceu até o primeiro semestre de 1957. Durante esta permanência na França teve o primeiro contato com os grandes teólogos que iriam colaborar na renovação da Igreja, tais como Karl Hahner, Padre Congar e Padre Chenú, e nas tomadas de posições dos líderes católicos na defesa dos Direitos Humanos, entre eles Jacques e Raïsa Maritain, Etienne Gilson e Emmanuel Mounier. Voltando ao Brasil, ainda em 1957, foi encarregado de orientar os estudos e a vida intelectual dos Dominicanos neste país. Esta tarefa durou até dezembro de 1963.

No papado de João XXIII, suas célebres encíclicas e na convocação do Concílio Vaticano II, com o ensino social, Frei Josaphat passou a suscitar e a orientar um movimento social sob a bandeira das Reformas de Base no nosso país. Foi nessa ocasião que foi lançado o jornal "Brasil Urgente" que se definia como Jornal do Povo, como o Lema: "A verdade, custe o que custar, a justiça, doa a quem doer". Eram momentos efervescentes e com essas preocupações encontrou-se novamente com o Professor e renovador da Pedagogia do Oprimido, da Autonomia, da Esperança, o Paulo Freire. Sobretudo nos anos 1962/1963.

Paulo Freire e Frei Carlos Josaphat sentiram uma grande convergência nos projetos e nos ideais, de despertar a consciência e a militância em todo o povo brasileiro. Eles se encontravam no projeto de uma ética e uma pedagogia libertadora.

Em meados de 1963, Paulo Freire e Frei Carlos Josaphat foram convidados pelo então Ministro da Educação, Paulo de Tarso, para um encontro e um projeto de educação popular da nova capital federal. Tratava-se de tudo fazer para humanizar a construção e as relações sociais na Brasília de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.

Sob a presidência do Ministro Paulo de Tarso, houve uma reunião na Granja do Torto congregando dezenas de líderes sociais e educadores, como Darcy Ribeiro – que deixava a reitoria da Universidade de Brasília para se tornar Chefe da Casa Civil do Presidente João Goulart, e convidou Frei Mateus Rocha (também frade dominicano), para assumir este posto – entre os já citados Frei Carlos e Paulo Freire, com vistas a realizar o projeto de Educação de Jovens e Adultos, para alfabetização dos que viriam a ser conhecidos como Candangos, na linha, e sob o elã do que seria o “Método Paulo Freire”. 

Mais tarde, Paulo Freire e Frei Carlos Josaphat, encontrando-se exilados em razão de se oporem à ditadura no Brasil, se encontraram na Suíça e relembraram este primeiro curso em Brasília e Frei Carlos tinha umas ligeiras anotações que evocavam o conteúdo e o quadro dessa interessante realização.

Na verdade, Frei Carlos partiu para a França em dezembro de 1963, pois a sua ausência no Brasil era desejada pelos “preparadores do Golpe de 64”. Já na França continuou colaborando com o jornal Brasil Urgente, até que em 31.03.1964, a polícia política invadiu a redação e fechou o jornal.

Na França doutorou-se com uma tese sobre a “Ética da Comunicação Social e do Jornalismo”, tendo feito estágio no Jornal Le Monde. Permaneceu pouco mais de dois anos em Paris e foi nomeado professor na Universidade de Friburgo, na Suíça, onde começou a lecionar em janeiro de 1966, exercendo o Magistério Universitário até junho de 1993, de onde saiu como Professor Emérito para retornar ao Brasil. Durante os trinta anos em que esteve na Europa, Frei Carlos tornou-se um escritor em língua francesa, publicando várias obras ou traduzido em outros idiomas como, italiano, inglês, alemão e espanhol. Chegou a fundar uma coleção bilíngue francês-alemão sob o título de: Estudos de Ética Cristã, atualmente com mais de 100 volumes.

Nesse período na Europa, como não podia trabalhar no Brasil, Frei Carlos decidiu consagrar-se à atividade social junto aos trabalhadores estrangeiros, sobretudo portugueses que emigravam e eram obrigados a aceitar condições desumanas de trabalho. Defendia os Direitos Humanos que esses estrangeiros não podiam reivindicar nos países que os acolhiam.

Durante todos esses anos, em parceria com o Instituto Internacional Jacques Maritain, Frei Carlos ampliava o horizonte de suas preocupações sociais promovendo encontros de estudos e pesquisas nos diferentes continentes, abordando os problemas os problemas sociais e humanos na Ásia e na África. Desses encontros resultaram muitos estudos, pesquisas e obras escritas, particularmente sobre as relações entre os povos e a necessidade de uma economia orientada por uma ética mundial. Esses escritos, amplos e volumosos pertencem hoje ao acervo cultural da Universidade de Friburgo e ao Instituto Jacques Maritain em Roma.

Na sua volta ao Brasil, no segundo semestre de 1994, Frei Carlos voltou a lecionar na Escola Dominicana de Teologia, no Instituto Teológico do Estado de São Paulo (ITESP) e em outras universidades do Brasil, além de ter publicado mais de duas dezenas de livros.

Frei Carlos Josapath encontra-se em plena atividade e com muitos lançamentos previstos para 2013. Trabalha incansavelmente, aos 92 (noventa e dois) anos, em uma de suas paixões que é a causa de Frei Bartolomeu de Las Casas.

Em sua vida universitária, seus escritos, em diversos encontros e múltiplas conferências a preocupação de Frei Carlos se concentra nos problemas sociais, nos desafios éticos, da civilização científica e tecnológica especialmente as relações da ética e do cristianismo com os desafios da modernidade e da pós-modernidade. É o que se vê pela análise se suas principais obras publicadas no Brasil e no Exterior.

BIBLIOGRAFIA DE FREI CARLOS JOSAPHAT

1956
Prolégomènes à une Morale de la Penséed’après la Nature et les Conditions Humaines de la Connaissance. La Sainte Baume: Saint Maximin, 1956.

1961
A justiça social na Bíblia e no ensino da Igreja. São Paulo: Apostilas Pro manuscripto, 1961.
         Este pequeno opúsculo, publicado com uma apresentação do Cardeal Motta, então arcebispo de São Paulo, em dez aulas percorre a Doutrina Social da Igreja, desde o anúncio da Justiça no Antigo Testamento até a encíclica Mater et Magistra do papa João XXIII.

1962
Evangelho e revolução social. São Paulo: Duas Cidades, 1962.100p. Completando 40 anos desde o aparecimento desse livro, em 2002 as Edições Loyola (São Paulo) reeditaram o livro.
         Neste livro frei Carlos inicia apresentando a dimensão social do Evangelho e continuando com uma visão cristã da história humana, para focalizar em seguida a teologia do trabalho e da ascensão social terminando com a proposta de uma espiritualidade de reivindicação. Finalmente propõe algumas posições e sugestões de uma Espiritualidade para a ação.

1966
Evangelho da unidade e do amor. Texto e doutrina do Evangelho de São João. São Paulo: Duas Cidades, 1966. 360p.
         O texto deste livro é um comentário do Evangelho de São João. O autor se utiliza da moderna exegese católica na interpretação dos Evangelhos.

1967
O sermão da montanha, manifesto de perfeição cristã e promoção humana. São Paulo: Duas Cidades, 1967.

1968
Estruturas a serviço do Espírito. Reflexões sobre a evolução histórica e  a atual reforma das instituições eclesiásticas. Petrópolis: Vozes, 1968. 102p.
         Percorrendo o índice da obra podemos ter ideia de seu conteúdo: Povo bíblico; Comunidade Evangélica; Política e polícia a serviço da fé; Estruturas de diálogo a serviço do Evangelho e do Homem; Perspectivas e Sugestões.
Information et Propagande – Responsabilités chrétiennes. Prefácio de Hubert Beuve-Méry. Paris: Ed. Du Cerf, 1968.

1969
Pour une théologie de la Révolution. Em: Société injuste et Révolution. Colloque de Venise. Aux Éditions Du Seuil, Paris, 1969.

1977
La Crise du Choix Moral dans la Civilisation Technique. Fribourg: Ed. Universitaires/Paris: Ed. Du Cerf, 1977.
Hegel et la Théologie Contemporaine - L'Absolu dans l'Histoire? Em: J. L. Leuba; Carlos Josaphat Pinto de Oliveira (Orgs.).  Paris, Delachaux & Niestllé, 1977.

1983
L’éthique professionnelle des journalistes. Fribourg: Ed. Universitaires de Fribourg, Suíça, 1983. 2a. ed. 76p.
         Publicado em conjunto com Bernard Béguin, esse pequeno livro contém uma contribuição de frei Carlos intitulada “Responsabilidade ética dos jornalistas e das mídias” (p. 9-38).

1984
Droits de l´homme et discrimination religieuse. Em: Universalité des Droits de l´homme et diversité des cultures. Les Actes du 1er Colloque Interuniversitaire, Fribourg, 1982.   

1989
Homme et femme dans l´anthopologie de Thomas d´Aquin. E Anthopologie théologique et éthique chrétienne. In: Humain a L´image de Dieu. Labor Fides, Genebra, 1989.

1992
Ethique chrétienne et dignité de l´homme. Ed. Universitaires Fribourg Suisse/Du Cerf Paris, 1992.

1993
Contemplation et Libération. Thomas d’Aquin – Jean de la Croix - Barthélemy de Las Casas. Fribourg/Paris: Editions Universitaires/Cerf, 1993. 150p.
         Os autores reunidos e apresentados por frei Carlos Josaphat em torno da contemplação e libertação se justificam porque esse tema se encontra no coração da mensagem cristã, e esses três mestres nos oferecem os mais altos valores para a reflexão cristã. O mesmo livro será traduzido em português por frei Carlos que o adaptará totalmente à língua portuguesa, e por isso podemos dizer que se tratará de uma obra totalmente nova.

1995
Conceptions Du salut dans Le catholicisme français contemporain. Em: Le salut Chrétien – Sob a direção de Jean-Louis Leuba. Desclée, Paris: 1995.
Contemplação e Libertação – Tomás de Aquino, João da Cruz e Bartolomeu de Las Casas. São Paulo: Ática, 1995. 175p.
         Neste livro frei Carlos condensa a mensagem de três guias da humanidade estudando em suas fontes a vida e a doutrina desses três autores. Procura apresenta-los em diálogo com todos os que creem na vocação histórica e eterna do ser humano que autenticamente buscam superar conflitos e contradições.
Suma Teológica de Tomás de Aquino. 9 Volumes. Coordenação Geral e Tradução. São Paulo: Loyola, 1995-2005.

1997
Moral, Amor & Humor – Igreja, sexo e sistema na roda-viva da discussão. Rio de Janeiro: Record-Nova Era, 1997. 364p.
         O autor se situa na perspectiva de uma ética da responsabilidade e da discussão através dos caminhos da ficção e do humor, sem excluir uma reflexão crítica e rigorosa. Frei Carlos aceita dialogar com a Modernidade e por isso os “personagens do livro” encarnam os que pensam diferente dele com os quais abre um diálogo. O livro “pretende ser uma obra de fantasia e razão, vindo aquecer o debate em torno das interrogações e dos problemas éticos da atualidade”.

1998
Fé, Esperança e Caridade – Encontrar Deus no centro da vida e da história. São Paulo: Paulinas, 1998.98p. Fe, Esperanza y Caridad – a la luz de la Santísima Trinidad. 2000. San Pablo. Bogotá.
         O autor nos propõe uma apresentação das virtudes teologias como dinamismo da graça e do Espírito que estabelece nossa conexão carinhos a com Deus no centro da vida e da história.
Tomás de Aquino e a Nova Era do Espírito. São Paulo: Loyola, 1998.
O vazio da memória e o raiar da luz dentro da noite in: Luiz Carlos Uchoa Junqueira Filho (org.), Silêncios e luzes: Sobre a Experiência psíquica do Vazio e da Forma. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998.

1999
Santas Doutoras, Espiritualidade e Emancipação da Mulher. São Paulo: Ed. Paulinas, 1999.
Eclesiologia da comunhão e da sacramentalidade, da colegialidade, da participação e do compromisso social in: Zildo Rocha (org.), Helder, o Dom – uma vida que marcou os rumos da Igreja no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1999, p. 124-135.
Paulo Freire, ética e teologia da libertação in: Ana Maria Araújo Freire (org.). A pedagogia da libertação em Paulo Freire. São Paulo: Ed. Unesp, 1999, p. 71-79.
Direito ao trabalho, exigência primordial da ética social. Convergência. Revista Mensal da CRB Brasil. Rio de Janeiro, maio de 1999 p. 224-238.

2000
2000 - Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Comunhão divina, solidariedade humana. São Paulo: Loyola, 2000. 199p.
         O projeto deste livro é nos guiar com segurança e uma ponta de humor, pelos caminhos da Bíblia, da história, da espiritualidade, da teologia, e lançar um novo olhar sobre Deus, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo e Nosso Pai, a enraizar na intimidade do Espírito nossa opção de fé e de compromisso pela justiça e pela paz, na busca de todos os direitos para todos.
Las Casas. Todos os direitos para todos. São Paulo: Loyola, 2000. Ética, economia e globalização. Pensamento & Realidade, São Paulo, Faculdade São Luís, 2000, p. 3-38.

2001
Crer no amor universal – visão histórica e ecumênica do “Creio em Deus Pai”. São Paulo: Loyola, 2001. 215p.
         Neste livro frei Carlos busca no Símbolo da Fé o fundamento de nosso ser cristão no e para o terceiro milênio. Não se trata de fazer do Credo uma profissão de fé unilateral, uma muralha que nos feche nos limites de nossas certezas. É preciso estar atentos à inspiração comunitária do Evangelho e à fecundidade ecumênica, universal, social, trinitária do Símbolo dos Apóstolos.
A questão de Deus hoje in: Antonio S. Bogaz; Márcio A. Couto (Orgs.), Deus, onde estás? A busca de Deus numa sociedade fragmentada. São Paulo: Loyola,
2001
Ética no passado e para o futuro da Vida Religiosa. Convergência. Revista Mensal da CRB Brasil, Rio de Janeiro, outubro de 2001, p. 493-503.
Bartolomeu de Las Casas, todos os direitos para todos, 2000, Ed. Loyola. São Paulo.
Santas Doctoras – Espiritualidad y emancipación de la mujer.2000. Paulinas. Madrid. Tradução: José Francisco Dominguez García.

2003
Evangelho e Diálogo Inter-religioso. São Paulo: Loyola, 2003. 175p.
         A globalização desafia as religiões a se encontrar. Todas se veem intimadas a enfrentar esta certeza primordial: fora do diálogo não há salvação. Eis o desafio que enfrenta esse livro de frei Carlos Josaphat.
A teologia em diálogo interdisciplinar no seio da universidade moderna. In: Religião & Cultura. A crítica do Horror. Departamento de Teologia e Ciências da Religião PUC/SP. São Paulo: Paulinas, 2003.

2004
Falar de Deus e com Deus hoje, 2004, Ed. Paulus. São Paulo.
Las Casas: Educator for Life and Liberation. Em: Towards the Intelligent Use of Liberty. Dominican approaches in Education. Hindmarsh, 2004.
Globalização, religião, mídia e mercado. In: Religião & Cultura. Cristianismo na América Latina e Caribe: (Re)visões. Departamento de Teologia e Ciências da Religião PUC/SP. São Paulo: Paulinas, 2004.

2005
Las Casas, Deus no outro, no social e na luta. São Paulo: Paulus, 2005.94p.
         Neste livro frei Carlos nos convida a ver em Las Casas alguém que descobriu a população ameríndia em seus valores e enalteceu suas qualidades humanas e culturais.
Único modo de atrair todos os povos à verdadeira religião. De Frei Bartolomeu de Las Casas. Obras Completas. Vol. 1. Coordenação geral da tradução, introdução e notas de frei Carlos Josaphat. São Paulo: Paulus, 2005.
Contribuição in: Acortar distancias – hijas e hijos de Domingo hacen teologia juntos – Dominican Sisters Internacional ICJPOP. Colección Biblioteca Dominicana, Salamanca. 2005.
Ratzinger, Chenu e Congar: teólogos pioneiros no Concílio Vaticano II. In: Religião & Cultura. Bastidores da Primavera. Departamento de Teologia e Ciências da Religião PUC/SP. São Paulo: Paulinas, 2005.

2006
Ética e Mídia, liberdade, responsabilidade e sistema. São Paulo: Ed. Paulinas, 2006.
Política, espaço privilegiado para a prática da fé. In: Resgatar a Dignidade da Política. José Ernanne Pinheiro (Org.). São Paulo: Paulinas, 2006.

2007
Under the Banner of Bartolomé de Las Casas: Brazilian Dominicans and Social Justice.  In: Preaching Justice –   Social Ethics in the Twentieth Century. Dominican Publications. Austrália, 2007.
Humanismo integral e solidário, visando construir uma Civilização do Amor. In: Doutrina Social e Universidade. O Cristianismo desafiado a construir cidadania. Afonso Maria Ligorio Soares e João Décio Passos (Orgs.). São Paulo: Educ/Paulinas. 2007.

2008
Frei Bartolomeu de Las Casas, Espiritualidade contemplativa e militante. São Paulo: Paulinas, 2008.
         Este livro além de ser uma introdução à vasta obra lascasiana, sublinha o sentido e o alcance da espiritualidade de Las Casas.
A teologia precisa da Ciência? Transcendência, ciência e sabedoria na cultura de ontem e hoje. In: Teologia e Ciência. Diálogos acadêmicos em busca do saber. Afonso Maria Ligorio Soares e João Décio Passos (Orgs.). São Paulo: Educ/Paulinas. 2008.

2009
Teologia Patrística: Diálogo com as culturas e inculturações, ontem e hoje. In: Vida Pastoral. São Paulo: Paulus. 2009.

2010
Ética Mundial, esperança da humanidade globalizada. Petrópolis: Vozes, 2010.
Liberdade e justiça para os povos da América. Oito tratados impressos em Sevilha em 1552. De Frei Bartolomeu de Las Casas. Obras Completas. Vol. 2. Coordenação geral da tradução, introdução e notas de frei Carlos Josaphat. São Paulo: Paulus, 2010.
Utopia, jeito e Humor. Depoimento em: Bernardino Leers, em Plena Liberdade, a sabedoria da vida entra com a tolerância que abraça, suporta e confirma. Ed. Lutador, Belo Horizonte, 2010.
Teologia e direito na aurora do mundo moderno: Francisco de Vitória e Bartolomeu de Las Casas. In: Teologia e Direito. O mandamento do amor e a meta da justiça. Afonso Maria Ligorio Soares e João Décio Passos (Orgs.). São Paulo: Paulinas, 2010.
Atualidade: Direitos Humanos: urgência e viabilidade. In: Missões: a missão no plural. São Paulo, Missionários da Consolata, 2010.


2011
Comunicação e compromisso social. In: Teologia e Comunicação. Corpo, palavra e interfaces cibernéticas. Afonso Maria Ligorio Soares e João Décio Passos (Orgs.). São Paulo: Paulinas, 2011.
Atualidade: Promover os Direitos Humanos. In: Missões: a missão no plural. São Paulo, Missionários da Consolata, 2011.

2012
Paradigma teológico de Tomás de Aquino. São Paulo: Paulus/EDT, 2012.
Sucesso nos Negócios & Realização Humana-Responsabilidade e rentabilidade em debate. São Paulo: Globus, 2012. (em co-autoria com Jacques Pasquier Dorthe). Livro originalmente escrito em francês, com tradução ao português de Márcio Romeiro.
         Este livro é o fruto de encontros frequentes seguidos de uma dúzia de professores da Universidade de Friburgo na Suíça, das áreas da economia e da teologia. A tese de base é que há uma correlação positiva entre a ética e a economia. O bom êxito nos negócios pode e deve levar à perfeita realização ética da pessoa humana e concorrer para o aprimoramento da sociedade.
Santa Catarina de Sena. Contemplação apostólica e emancipação da mulher. In: Il servizio dottrinale di Caterina da Siena. Nerbini. Firenze. 2012.
Artigo em: Maritain, a Sabedoria Integral. POZZOLI, Lafayette e LIMA, Jorge da Cunha (Orgs.). Presença de Maritain. Testemunhos.  2ª. ed. Ed. LTr. São Paulo. 2012.

2013
Vaticano II, a Igreja aposta no amor universal. Com a colaboração de Lilian Contreira. Ed. Paulinas. São Paulo.