Quinta, 28 de março de 2013
Enquanto o ministro Arnaldo Esteves Lima fala em fazer um pequeno
mutirão em seu gabinete para produzir, ainda em 2013, seu relatório
sobre a denúncia da Operação Caixa de Pandora, os indiciados no processo
fazem o possível para retardar a Justiça.
Um exemplo é o dos ex-deputados distritais Pedro do Ovo e Rogério Ulysses.
Ovo enviou defesa ao STJ, mas o advogado aparentemente esqueceu-se de
apresentar à Corte a procuração que garante que ele é mesmo o seu
defensor.
Ulysses nem mesmo defesa apresentou. Por isso o STJ terá que entrar
em contato com a defensoria pública para que ceda um advogado ao
ex-deputado.
Em meio ao rolo, uma prorrogação dos prazos para a defesa, sem dúvida, será pedida.
Não bastasse o caso dos deputados, há ainda o do antigo sub-secretário de Justiça de José Roberto Arruda, Luiz França.
Intimado a se defender no processo, França informou o STJ que não estava em Brasília.
O problema é que um advogado do PHS deu com a língua nos dentes e
admitiu ao ministro Arnaldo Esteves que França estava, sim, na capital,
no período que deveria ter entregue sua defesa.
Com tantas picuinhas para resolver, Arnaldo Esteves vai precisar
mesmo de um mutirão em seu gabinete para poder se ater ao que interessa
na Caixa de Pandora: o grande roubo de dinheiro público por Arruda e sua
turma.
Fonte: Blog do Sombra / Revista Veja - Por Lauro Jardim