Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 23 de abril de 2013

Rememorando Eliezer, pai de Eike

Terça, 23 de abril de 2013
De Hélio Fernandes
Tribuna da Imprensa
Que serviço vocês prestaram à coletividade. Desde 1956, quando comecei a fazer coluna e artigo no Diário de Notícias (continuando na Tribuna) Eliezer era meu personagem inestimável e prioritário. Não era perseguição-obsessão, e sim obrigação. Ele era dono e não presidente da Vale, a grande empresa de minérios, depois DOADA por FHC, o Brasil recebendo tostões em títulos desvalorizados.

Não há o que acrescentar, só ratificar e não retificar. Foi dono da Vale, depois dirigiu a Caemi, foi presidente da Minerações Brasileiras Reunidas, resultado da fusão da Caemi com a Bethlehem Steel e, logo em seguida, o de vice-presidente da Itabira International Company (Nova Iorque). Depos, assumiu a diretoria da Itabira Eisenerz GmbH, em Düsseldorf, Alemanha Ocidental, posto no qual permaneceu até 1974, quando passou a dominar a Rio Doce Internacional S.A., subsidiária da Vale em Bruxelas.

Viajou muito, morou várias vezes no exterior. Mais de um ano na União Soviética e quase dois anos na Alemanha, onde casou com Jutta Fuhrken, natural de Hamburgo, e desse casamento nasceram sete filhos, dentre eles Eike Batista. Seus filhos e até um neto (Thor) têm esses nomes por causa da residência.

Inacreditável: presidentes da República e até ditadores não cobravam nada dele. Voltava, não precisava reassumir, retomava a rotina diária, sem o menor constrangimento.

PS – Deixou para o filho, fortuna em espécie e o mapa-da-mina mineral, começo (e parece que o fim) da aventura.

PS2 – Na única vez em que fingiu responder, indiretamente, afirmou: “Paguei 697 milhões de Imposto de Renda”.

PS3 – Agora, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou audaciosamente: “O BNDES emprestou 37 bilhões, APENAS 10 BILHÕES foram para EIKE BATISTA.

PS4 – A desesperança chega ao apogeu, quando o presidente de um banco de fomento, estatal, EMPRESTA 10 BILHÕES a um aventureiro, e como ressalva, coloca a palavra A-P-E-N-A-S.

Leia o artigo completo de Hélio Fernandes