Quarta, 23 de abril de 2013
Todos a Brasília neste 24 de abril para a grande Marcha
Notícias comentadas sobre a dívida – 23/4/2013
Dia 24 de abril será realizada grande Marcha a Brasília, organizada
por diversas entidades, como a CSP-Conlutas, A CUT Pode Mais, CNTA,
Cobap, Condsef, CPERS e muitas outras. O objeto central da Marcha é a
luta contra o modelo econômico que privilegia somente bancos e grandes
empresas e abarca todas as bandeiras decorrentes dessa equivocada
política econômica, tais como a defesa dos direitos dos servidores
públicos, a campanha dos 10% do PIB para a Educação Já e a suspensão do
pagamento da dívida pública para especuladores.
Outro importante eixo da Marcha é a luta pelo reconhecimento da
nulidade da reforma da previdência, recomendada pelo FMI, e aprovada
escandalosamente por meio de compra de votos de parlamentares. Ontem, o
Supremo Tribunal Federal (STF) deu mais um importante impulso a esta
Campanha: divulgou o Acórdão
referente ao processo conhecido como Mensalão, oficializando a posição
do Tribunal de que efetivamente houve a compra de votos (pág 50), conforme trecho em destaque:
“1. Conjunto probatório harmonioso que, evidenciando a sincronia
das ações de corruptos e corruptores no mesmo sentido da prática
criminosa comum, conduz à comprovação do amplo esquema de distribuição
de dinheiro a parlamentares, os quais, em troca, ofereceram seu apoio e o
de seus correligionários aos projetos de interesse do Governo Federal
na Câmara dos Deputados.”
O Acórdão também oficializa o entendimento colocado no artigo “É Nula a Reforma da Previdência de Lula”, de Maria Lucia Fattorelli, segundo o qual as votações foram completamente viciadas:
“5. Parlamentares beneficiários das transferências ilícitas de
recursos detinham poder de influenciar os votos de outros parlamentares
de seus respectivos partidos, em especial por ocuparem as estratégicas
funções de Presidentes de partidos políticos, de líderes parlamentares,
líderes de bancadas e blocos partidários. Comprovada a participação, no
recebimento da propina, de intermediários da estrita confiança dos
parlamentares, beneficiários finais do esquema. Depoimentos e recibos
informais apreendidos no curso das investigações compõem as provas da
prática criminosa.”
Clique aqui e assine a petição eletrônica pelo reconhecimento da nulidade da reforma da previdência!
Explode a dívida interna de curto prazo
O jornal Correio Braziliense mostra
que chegou à estratosférica cifra de R$ 702 bilhões, em abril, o volume
de títulos da dívida pública entregues pelo Tesouro Nacional ao Banco
Central (BC), que os utiliza nas chamadas “operações compromissadas”
realizadas com os bancos privados.
Este relevante valor tem sido omitido do estoque da dívida interna
federal comumente divulgado pelo Tesouro Nacional. A dívida interna já
alcança R$ 2,8 trilhões, mas, devido a essa omissão, divulgam um saldo
de cerca de R$ 2 trilhões.
Esta parcela da dívida interna obriga o BC a pagar juros altos para
os bancos, e ainda possui prazos curtíssimos, ou seja, ela tem de ser
quitada em questão de dias, geralmente com novo endividamento. É por
isso que a grande mídia tem noticiado o “retorno do over-night; quem
diria!”