Sábado, 31 de agosto de 2013
Presidente do FNDE pediu demissão do cargo depois de ser
flagrado alertando amigo, suspeito de desvio de R$ 6,6 milhões, sobre
operação
FAUSTO MACEDO - O Estado de S.Paulo
O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) - ligado ao Ministério da Educação (MEC) -, José Carlos
Wanderley Dias de Freitas, pediu exoneração na segunda-feira, sob
alegação de que precisa "tratar de assuntos particulares". Freitas
estava no cargo desde agosto de 2011.
Servidor de carreira do FNDE havia 22 anos, Freitas caiu no grampo da
Operação Sinapse, da Polícia Federal, alertando o reitor do Instituto
Federal do Paraná (IFPR), Irineu Mário Colombo, ex-deputado federal pelo
PT, da existência de investigação sobre desvio de R$ 6,6 milhões em
repasses supostamente ilícitos para duas Organizações da Sociedade Civil
de Interesse Público (Oscip).
Homem de confiança do ex-ministro da Educação e prefeito de São
Paulo, Fernando Haddad, e mantido no cargo por Aloizio Mercadante, atual
chefe da pasta, ele era ordenador de despesas do FNDE, que autoriza
celebração de convênios e liberação de recursos. Em depoimento à PF, no
último dia 16, admitiu ter informado o reitor "em razão de certa
solidariedade pessoal". Dez dias depois, pediu demissão do cargo. Leia a íntegra