Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 14 de dezembro de 2013

A violência recrudesce nas favelas

Sábado, 14 de dezembro de 2013
Do Jornal do Brasil

Por Davison Coutinho

Davison CoutinhoO programa de pacificação de favelas do Rio de Janeiro irá completar 05 anos neste mês. No inicio o programa gerou uma grande expectativa e esperança na vida dos moradores que sonhavam por muitos anos com a libertação, qualidade de vida, segurança, e principalmente com o acesso aos direitos básicos e garantidos a todos os cidadãos brasileiros.

No entanto, a violência nas favelas não foi reduzida, nem tão pouco neutralizada como temos visto nos comerciais e campanhas do governo. Muito pelo contrário, a cada dia percebemos mais a insatisfação e insegurança dos moradores que já não veem mais no governo, e consequentemente no policial, a figura da paz e segurança.

Casos de violência cometidos por policias afastam ainda mais o morador da política da UPP, e há quem diga que se sentia mais seguro antes dela.  

A morte e tortura de Amarildo chocaram toda a comunidade da Rocinha e toda a sociedade. O local hoje sofre com o medo da violência e dos intensos tiroteios que são diários. Até mesmo nas Favelas da Babilônia e Chapéu Mangueira, onde a UPP parecia ter um bom trabalho, acabamos de se espantar com uma cena triste e revoltante de um policial agredindo um trabalhador.

“O caso ocorrido aqui na favela da babilônia aonde o policial agrediu com socos o moto taxista não é um caso isolado pelo contrario isso faz parte do cotidiano das favelas militarizadas que sofrem todos os dias todos os tipos de abusos cometidos pelos capitães do mato que vigiam e monitoram as favelas 24 horas por dia a mando dos senhores de engenho. Sou do Movimento Favela Não Se Cala e sabemos de casos absurdos que ocorrem em outras favelas toque de recolher policias sem identificação, invasão de casas e etc. André Constantine, líder do movimento Favela Não se Cala e morador do Chapéu mangueira.