Quinta, 19 de dezembro de 2013
Daniel Mello, repórter da Agência Brasil
São Paulo - Em assembleia na tarde de hoje (19), os aeronautas
(pilotos, copilotos e comissários) decidiram não entrar em greve. A
categoria ameaçava começar uma paralisação nacional amanhã (20), dia de
maior movimento aéreo no ano, segundo estimativa da Secretaria de
Aviação Civil (SAC), quando devem ser transportados aproximadamente 350
mil passageiros. Eles aceitaram a proposta das empresas de reajuste de 5,6% referente à reposição da inflação dos últimos 12 meses.
O presidente do Sindicato Nacional
dos Aeronautas (SNA), Marcelo Ceriotti, disse que os aeronautas foram
sensíveis à situação de fragilidade pela qual as companhias aéreas
passam no momento. Ele ponderou, no entanto, que o reajuste ficou abaixo
das expetativas da categoria. A categoria queria mais 2,2 % de aumento
real, que totalizaria quase 8% de reajuste.
Apesar disso, Ceriotti destacou que houve avanços importantes nas
cláusulas sociais. Ele citou o passe livre para que a categoria possa
viajar gratuitamente nos aviões das empresas quando o profissional não
estiver em serviço. “As empresas entenderam que há uma prática no
mercado internacional de que o tripulante possa se deslocar por motivo
particular em aeronave de outras empresas“, disse. De acordo com ele,
essa cláusula vai beneficiar cerca de 40% dos aeronautas que não residem
na cidade onde está contratado.
Na noite de ontem (18), o Tribunal Superior do Trabalho (TST)
concedeu uma liminar determinando que, em caso de greve, 80% dos
aeronautas deveriam continuar trabalhando.