Quinta, 5 de dezembro de 2013
Documento com fotos será encaminhado aos promotores para comprovar “o caos na saúde pública do DF”
A presidente da Comissão de Saúde, Liliane Roriz (PRTB), denunciou
nesta quinta-feira (05) que há carências de medicamentos em vários
pontos de distribuição da Secretaria de Saúde do DF. Em alguns casos,
segundo revelam registros fotográficos da parlamentar, os servidores
chegam a relacionar no mural do guichê de atendimento os remédios que
estão em falta, que variam de analgésicos a antibióticos. A deputada
decidiu encaminhar ao Ministério Público a denúncia que, segundo ela,
“comprova o caos na saúde pública do DF”.
De acordo com a distrital, no posto de saúde número 12, localizado na
QNQ 03 de Ceilândia, a direção da unidade afixou uma lista que revela a
falta de pelo menos 22 medicamentos essenciais. “É extremamente
preocupante a situação da saúde pública no DF e não percebemos nenhuma
ação direta do governo para reverter esse quadro”, avalia. Segundo
Liliane, a relação é extensa: “Faltam antibióticos como amoxilina e
azitromicina, além de analgésicos como paracetamol e ibuprofeno. Basta
ver na foto que registramos do local”, afirma.
Fonte: Site da distrital Liliane Roriz
Já no posto de saúde número 06, localizado no Setor P Sul de
Ceilândia, outros doze remédios também estão em falta no estoque. Entre
eles, cálcio, sulfato ferroso, para tratamento de anemia, e metoprolol,
usado para controle de pressão arterial.
O posto de saúde número 04, na QNN 16 de Ceilândia, não há em estoque
albendazol XP, para controle e tratamento de verminoses, atenolol,
usado para controle de pressão, e ainda a doxiciclina, conhecido para o
tratamento da cólera. Só neste posto, são 15 medicamentos em falta. “É
muito arriscado um paciente que depende de determinado remédio suspender
o tratamento simplesmente pela total falta de controle da atual
gestão”, criticou a parlamentar.
No mesmo posto, a gerência informa por meio de cartaz manuscrito que
há também a falta de disponibilidade de exames clínicos, como a cultura
de urina, que revela a possível existência de bactérias no organismo. Os
pacientes que necessitam do recurso eram orientados a voltar apenas na
próxima semana, segundo relato da parlamentar.
Liliane, que é autora da lei da Lista Limpa da Saúde, que entre
outros itens obriga o governo a divulgar na internet o estoque de
medicamentos disponíveis, reclama da demora na regulamentação da regra.
“O cidadão está cansado de leis que proíbem isso, proíbem aquilo. Na
hora em que é aprovada uma lei para que o governo seja obrigado a
prestar um serviço decente à população, acontece essa letargia e
incompetência”, esbraveja.