Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Caos na saúde do DF: Pai compra em farmácia agulha para filha tomar injeção no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN)

Terça, 10 de dezembro de 2013
Do Blog do Mino

O pai de uma paciente no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), em Brasília, comprou na farmácia uma agulha para que um enfermeiro da unidade pudesse fazer a aplicação de um antibiótico injetável na filha. Segundo Washington Rebouças, pai da jovem, ele foi informado por um enfermeiro de que o material estava em falta na unidade há quatro meses.

A Secretaria de Saúde informou que fez a aquisição do material da MW Distribuidora de Medicamentos, mas que as agulhas não foram entregues. O G1 não conseguiu localizar a empresa.


Rebouças disse que foi à Rua das Farmácias, na 302 Sul, com a receita em mãos e comprou 10 agulhas de 8 mm por 30 mm, própria para medicamentos diluídos. Cada uma custou R$ 0,27. Após usar uma delas, ele doou as demais para o hospital.
"Pensei que deixando as agulhas poderia resolver o problema de outros pacientes, mas esse é um problema que tem que ser resolvido pelo governo ou pela direção do hospital", disse.


O secretário-adjunto da Secretaria de Saúde, Elias Miziara, afirmou que o material está em falta no mercado. "A empresa que vendeu não conseguiu entregar porque está com crise de fabricação", disse. "Estamos punindo a empresa porque não poderia vender se não tivesse garantia de que conseguiria entregar para nós."


Miziara afirmou que um outro tipo de agulha, de 25 mm por 8 mm, também é indicada para a aplicação da injeção e poderia ter sido usada na paciente. Segundo ele, o tipo em falta é mais moderno e tem um sistema de proteção melhor do que as agulhas vendidas em farmácias.

"Faltou a agulha 30 por 8, mas tem de sobra a 25 por 8, que é a agulha absolutamente indicada também para a aplicação dessa injeção, no caso de Benzetacil", disse Miziara. "Na verdade fizeram aí, me desculpa a expressão, um circo em torno de um problema que não existe de fato."