Sábado, 7 de dezembro de 2013
Akemi Nitahara, repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Ativistas de movimentos sociais e atletas amadores
fizeram no fim da tarde de hoje (6) uma manifestação em frente ao
Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O ato, chamado de
Anti-Sorteio da Copa do Mundo, foi organizado pelo Comitê Popular da
Copa e das Olimpíadas e teve o objetivo de alertar a sociedade sobre
quem está ganhando com a competição da Federação Internacional de
Futebol (Fifa).
Atletas que treinavam no Estádio de Atletismo Célio de Barros e no
Parque Aquático Júlio de Lamare, alunos e ex-alunos da Escola
Friedenreich e apoiadores da Aldeia Maracanã, prédios no entorno do
estádio que foram ameaçados de demolição, marcaram presença no protesto.
Membro do comitê, o professor Demian Castro disse que o objetivo da
manifestação foi alertar a sociedade sobre quem está ganhando com a
Copa. Para ele, o fato do sorteio oficial ter ocorrido na Costa do
Sauípe, na Bahia, um lugar afastado do centro de Salvador, demonstra a
preocupação dos organizadores do Mundial com as manifestações populares.
“A gente tem uma cidade cada vez mais cara para se viver, a gente tem
nossos direitos políticos violados, nosso direito à manifestação, de
dizer se a gente não concorda com isso na rua, corre o risco de ser
preso, levar bala de borracha, gás lacrimogêneo, coisa que vivenciamos
bastante este ano, população sendo removida, manifestantes sendo presos,
torcedores não podendo mais entrar nos estádios”, disse.