Quarta, 18 de dezembro de 2013
A má notícia de que as contas de luz
ficarão mais caras já no ano que vem tomou conta do noticiário antes
mesmo do Natal e das festas de fim de ano. Que presente de grego!
Do Contas Abertas
Em meu último artigo aqui neste espaço, sob o título “As gambiarras da gerente-presidente”,
analisei a questão do setor elétrico nacional e os desatinos e as
intervenções equivocadas do governo de uma presidente que foi ministra
das Minas e Energia no mandato de seu antecessor-inventor.
Argumentei que, sob o pretexto de estimular a concorrência e
implantar a modicidade tarifária, várias foram as intervenções do
governo no setor, com destaque para medidas provisórias que trouxeram
pesadas injeções de recursos do BNDES no sistema Eletrobras,
prorrogações de encargos setoriais e a imposição de renovações das
outorgas vincendas em 2015 com perdas às concessionárias e,
consequentemente, queda na qualidade dos serviços.
Tudo isso culminou com a edição da Medida Provisória nº 579/12, que,
para garantir uma pseudo-redução que já vinha sendo engolida rapidamente
pelo reajuste e pela recomposição tarifária das concessionárias,
gastou-se do Tesouro algo entre RS 20 bilhões e R$ 25 bilhões, segundo
estudos e dados públicos do Ministério de Minas e Energia, Eletrobras e
Aneel.
A conta já está chegando e vai ser um choque daqueles no bolso do consumidor.