Quinta, 5 de dezembro de 2013
MPDFT lança campanha “Não Seja um Laranja”
Preocupados com o crescente
índice de denúncias contra crimes de falsidade ideológica, a Promotoria
de Justiça de Defesa da Ordem Tributária (Pdot), em parceria com a
Fecomércio, lançou hoje, na sede do Ministério Público do DF e
Territórios, a campanha “Não Seja um Laranja”.
Fonte: MPDF
Criada para esclarecer a população sobre
os riscos de “emprestar” o nome para abertura de empresas ou mesmo
ceder documentos pessoais a um conhecido, a campanha será feita por meio
da distribuição de panfletos e fixação de cartazes em locais de grande
fluxo de pessoas, como o Setor Comercial Sul, o Setor Bancário e a
Rodoviária do Plano Piloto.
A abertura do evento foi realizada pela
procuradora-geral de Justiça do DF e Territórios, em exercício, Zenaide
Souto Martins. Para ela, o cidadão precisa ser sensibilizado contra
pessoas mal intencionadas e oportunistas, que estão sempre vigilantes e
prontas a aplicar golpes envolvendo os documentos e os dados pessoais de
quem se mostra ingênuo ou descuidado. “De um dia para o outro sua vida
pode se tornar um tormento. Seu nome ficará sujo na praça e seu crédito
será recusado. Além disso, você poderá sofrer um processo de execução
pelo fisco e um criminal por falsidade ideológica”, alerta.
O lançamento também contou com a
presença do presidente da Fecomércio, Adelmir Santana, que destacou a
importância da prevenção ao crime. “Além da questão repressiva, que é
importante, esta campanha tem um caráter educativo que chama a atenção
para o que não é correto”, conclui.
Alerta para os riscos
Um dos idealizadores da campanha, o
promotor de Justiça Rubin Lemos explica que a ideia surgiu a partir da
constatação de que mais de 10% das denúncias da Pdot, em 2012, foram
sobre falsidade ideológica. “Queremos alertar as pessoas sobre os
cuidados com seus documentos pessoais, pois carteiras de identidade
extraviadas, furtadas ou fornecidas podem servir, aos criminosos, para a
constituição de empresas”, explica.
Em análise feita pela Promotoria de
Justiça, por meio das denúncias do Fisco, pode-se afirmar que qualquer
pessoa está sujeita a ser vítima desse tipo de golpe. Os estelionatários
utilizam documentos de familiares, empregados domésticos, amigos. Em
regra, vitimam pessoas de origem mais simples.