Sábado, 7 de dezembro de 2013
Jornal do Brasil
Por Davison Coutinho*
Morador é atingido por bala perdida ao sair para
trabalhar, nesta manhã de sábado, na parte baixa da Rocinha. A comunidade está
vivendo dias consecutivos de intensos tiroteios, durante o dia, e com maior
intensidade à noite. Os moradores estão sofrendo com o medo e angústia e temem
pela segurança de suas famílias.
A comunidade ganhou uma Unidade
de Polícia Pacificadora (UPP) em 2011, mas as trocas de tiros nos
últimos meses são frequentes. O perigo está
por toda a parte, e a todo momento as pessoas correm assustadas.
É realmente lastimável ver senhoras idosas, mulheres com
filhos no colo, crianças voltando da escola e trabalhadores retornando de seus
trabalhos tendo que correr chorando com o medo de serem atingidos.
Cadê o secretário de Segurança? Aonde estão as respostas
para toda essa guerra? Aliás, porque os governantes não voltam aqui para fazer
mais uma vez aquela corrida da paz, já que afirmam que está tudo seguro?
Obrigado governador: essa era a paz prometida para as
favelas? Chega de farsa e de comerciais mostrando a paz na Rocinha! Estamos
vivendo um verdadeiro inferno, uma Rocinha de guerra e medo.
Pedimos Paz!
*Davison Coutinho,
23 anos, morador da Rocinha desde o nascimento. Formando em desenho
industrial pela PUC-Rio, membro da comissão de moradores da
Rocinha, Vidigal e Chácara do Céu, professor, escritor, designer
e liderança comunitária na Comunidade, funcionário da PUC-Rio.
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Favela
Francisco Alves — 1936
Por falar em Rocinha,
Imagem de http://www.anonymousbrasil.com/brasil/cade-o-amarildo/