Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Senado terá CPI para investigar setor de transporte público, mesmo depois de 14 senadores retirarem assinaturas

Sexta, 13 de dezembro de 2013
Karine Melo, Repórter da Agência Brasil
Senadores vão instalar em 2014 uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para apurar os vícios em processos licitatórios que inibem a concorrência no setor de transporte público, além de falhas na condução dos contratos e falta de publicidade das planilhas de custos que permitiriam uma avaliação correta da relação entre as despesas e as tarifas de ônibus.

A criação da comissão só será possível porque duas assinaturas fundamentais – para atingir o mínimo de 28 exigidas, foram apresentas na Secretaria-Geral da Mesa, cinco minutos antes do prazo final, que terminou às 23h59 dessa quinta-feira (12). O requerimento de criação da CPI, proposto pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), chegou a ter 40 assinaturas, mas 14 foram retiradas.

A partir de agora os líderes deverão fazer as indicações dos integrantes da CPI que será instalada, em 2014, depois do recesso parlamentar.

“Pretendo com essa CPI, antes de tudo, fazer valer o direito do cidadão usuário de ônibus urbanos a receber do Parlamento o efetivo serviço de fiscalização dos processos de contratação, condução, definição de tarifas e concessão de subsídios “, disse Requião ao justificar a proposta.
= = = = = = = = = = = = =
Perguntinha que não quer calar: Qual a razão para tantos senadores retirarem suas assinaturas? Foram 35 por cento dos que inicialmente subscreveram o requerimento. Muito, não? Estranho, muito estranho. Como dizia o Macaco de Chico Anísio: 'Não precisa responder, eu só queria entender'. É só observar as doações para candidatos em eleições legislativas, e também para os executivos.

E com isso, o transporte público continua fora dos trilhos, fora das pistas, fora do sério.