Terça, 24 de dezembro de 2013
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF)
criticou, nesta sexta-feira (20), o desempenho do governo do Distrito
Federal no ano de 2013. O parlamentar citou dados para mostrar, como
ressaltou, que o GDF possui uma boa dotação orçamentária, mas não teve
competência para gastar os recursos.
- É uma incompetência total para
investir os recursos que estão disponíveis. É pena que 2013 não mereça
aqui ser tratado como um ano bom para o Distrito Federal – lamentou.
Para exemplificar, o senador citou
projetos na área de saúde em que os gastos foram bem abaixo do que o
montante autorizado. Na implantação de unidades de pronto atendimento,
foram utilizados, segundo informou, apenas 6% dos recursos; e na
construção de unidades básicas de saúde, somente 3% do orçamento
previsto.
Em vários setores da saúde, informou
ainda Cristovam Buarque, o valor empenhado e liquidado pelo governo foi
"zero por cento" da dotação orçamentária. A construção de bases do SAMU e
a ampliação das unidades básicas de saúde são duas áreas que ficaram
nesta situação. Para ele, "o descaso e a insensibilidade do governo" são
os principais responsáveis pelas grandes filas e pela precariedade dos
hospitais da região.
Segurança
A administração da segurança pública no
Distrito Federal também foi criticada pelo senador. Ele lamentou a
quantidade de crimes notificados na capital do país, informando que
somente na rodoviária do Plano Piloto houve o registro de 1.630.
Cristovam criticou o governo do DF por
não dialogar com os policiais e bombeiros militares e por não ter
cumprido 13 promessas feitas à categoria durante a campanha do atual
governador em 2010, entre elas, a de reestruturação da carreira e de
aumento dos efetivos.
- Ou seja, o Distrito Federal vai
atravessar o ano com a polícia sem o pleno exercício da sua força e com
todos os riscos que isso significa – criticou.
O senador afirmou que a violência
chegou a tal ponto na capital federal que Brasília ganhou destaque no
quesito insegurança das cidades, em levantamento feito pelo Departamento
de Estado Norte Americano para orientar os turistas. Cristovam destacou
que, assim como na área da saúde, o governo não teve competência para
gastar os recursos no setor de segurança.
Construção de unidades policiais e
delegacias, monitoramento por câmeras de vídeo e defensoria pública na
comunidade foram algumas das atividades programadas que, segundo o
senador, tiveram "zero por cento" da dotação prevista liquidada pelo
governo.
Outros setores
O senador criticou ainda a atuação do
governo do Distrito Federal em outros setores como cultura e
transporte. Em relação ao sistema do transporte público, houve, como
citou Cristovam, a realização de licitações fraudulentas ao longo do
ano.
No que se refere à cultura, o senador
lamentou a interdição do Teatro Cláudio Santoro, em setembro, por falta
de obras corretas de manutenção. Para ele, "o desleixo" do governo local
é inadmissível, já que, para a manutenção e a conservação do patrimônio
público, há uma dotação inicial de R$ 3 milhões, enquanto foram
empenhados apenas R$ 970 mil e gastos de fato R$ 939 pelo governo.
- A revitalização de monumentos tinha
um milhão previstos, foi empenhado e gasto zero. Onde está o governo que
gasta zero de uma dotação de um milhão prevista ? – protestou.
Fonte: Agência Senado